Durante a Semana da Cultura Científica, alicerçada no Dia Nacional da Cultura Científica, celebrado a 24 de novembro, o Museu de Lisboa olha para a transformação industrial que moldou a paisagem da cidade no final do século XIX, estendendo-a para oriente.
Procurando refletir sobre uma época de alterações económicas, sociais e urbanísticas, em parte impulsionadas pelo desenvolvimento industrial, o Museu promove um programa composto por visitas orientadas, nos dias 24 (16H), 26 (15H) e 27 (11H), e por um percurso, no dia 26, às 11H.
Enquanto o percurso Lisboa das chaminés salienta as principais transformações arquitetónicas e urbanísticas no território entre Santa Apolónia e o Beato, onde uma prolífera atividade industrial se desenrolava entre o caminho de ferro e o rio, a visita Cheira a farinha a oriente de Lisboa chama a atenção dos participantes para a evolução tecnológica impulsionada pela industrialização, algo particularmente evidente na Fábrica de Moagem do complexo fabril da Manutenção Militar.
Ambas as atividades irão ainda incidir sobre o quotidiano da classe operária, sobre os seus costumes e dinâmicas neste contexto fabril, bem como as iniciativas de proteção social então levadas a cabo pelos proprietários das indústrias que aqui se instalaram.
Unindo o passado ao presente, o programa proposto pelo Museu destaca uma zona que, no final do século XIX, foi o epicentro da industrialização, um território então povoado por fábricas e vilas operárias, para ser nos dias hoje revisitado e reinterpretado, tornando-se num dos mais recentes bairros em ebulição em Lisboa, onde as fábricas deram lugar a bares, lojas, espaços culturais e apartamentos.
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