Tripeiro que é tripeiro só tem a preocupação de sair com o martelinho na mão, ou o alho-porro, e procurar o bailarico mais animado.... o resto é festa!
Ah! E não se esqueça de comprar o manjerico! Diz a tradição que os namorados ofereciam os manjericos às suas amadas. Se for o seu caso, escolha com uma quadra romântica.
Leve calçado confortável e esteja preparado para participar numa festa única no mundo, em que toda a gente sai à rua para simplesmente se divertir.
1. S. João tem festa de 3 dias
Ainda que a festa de S. João seja assinalada na noite de 23 para 24 de junho, a animação na cidade começa quase um mês antes. Há atividades, espetáculos e muitas feiras (com muitas farturas para comer) para visitar, antes da noite mais longa do ano. As diversões da rotunda da Boavista têm uma roda gigante. E durante três dias há concertos!
Se não quer perder os espetáculos gratuitos, na Avenida dos Aliados, aponte na agenda:
Dia 23 de junho
Avenida dos Aliados – 01h00 – Xutos & Pontapés
Dia 24 de junho
Avenida dos Aliados – 22h00 – Banda Sinfónica Portuguesa
Dia 25 de junho
Avenida dos Aliados – 22h00 – GNR & Banda Sinfónica da GNR
2. As Fontainhas
É um dos locais mais típicos e onde se vive mais a tradição do S. João. A enorme cascata, o cheiro a sardinha assada e o palco a debitar música popular, que puxa para o bailarico... não há melhor! Em Miragaia, também há este espírito mas, das Fontainhas, ainda consegue ter alguma visibilidade para a ponte Luís I, onde se coloca o fogo de artifício.
3. Miragaia
Depois das Fontainhas é, muito provavelmente, um dos locais mais tradicionais das festas sanjoaninas e onde muita gente – que circula pela beira-rio – vai dar um pé de dança. Há sardinhas assadas, acompanhamentos para provar – e vinho, claro - e palcos com música ao vivo.
4. Fogo de artifício
“Ah... quem viu o fogo uma vez já viu todas.” É a mais pura das mentiras! O fogo de artifício do S. João é combinado entre as duas cidade, Porto e Gaia, e na Ponte Luís I acontece um dos mais bonitos espetáculos de pirotecnia do mundo. Não, não é como o fim de ano em Sydney! Também não exageremos... Mas a paisagem do Porto é mais bonita!
Ambas as margens do rio ficam completamente cheias de gente, por isso, se quer um bom sítio: marca antes num dos restaurantes, bares, ou barcos, ou fica de pé (também pode levar banco; há quem leve até escada!) à espera do fogo de artifício que começa à meia-noite.
5. Percorrer a marginal
Não se sabe quando começou essa tradição de, na noite de S. João, não se parar por um minuto. Pelo menos, os mais novos, fazem questão de percorrer, depois do fogo de artifício, todos bailaricos da marginal até à Foz do Douro. E a noite, já quase a nascer o dia, acaba nas praias do Porto.
6. Os balões de S. João
É uma das tradições de S. João mas devia de haver cursos intensivos para os lançar. É muito difícil e tem até uma certa arte o lançar do balão. Acender, libertar o papel, deixar inchar e soltá-lo levemente, esperando que o vento não o vire e o deixe a arder, antes sequer de subir uns 10 metros.
Mas haverá ainda muita gente talentosa a fazê-lo já que, olhando para cima, são muitos os balões de S. João que iluminam o céu.
7. Cascatas de S. João
As cascatas dos santos começam a ser construídas no início do mês de junho. As lojas (e também hotéis e restaurantes) decoram as montras com cascatas e há umas maiores montadas junto dos bairros mais típicos da cidade. É interessante verificar as personagens – além dos santos que se celebram neste mês: Santo António, S. João e S. Pedro - que compõem as cascatas, já que geralmente representam antigas profissões.
8. Saltar fogueiras
Ainda que se veja cada vez menos essa tradição, saltar às fogueiras é uma das atividades mais primitivas destas festas. Ainda cheguei a vê-lo na marginal de Gaia. Diz-se que, se saltar três vezes por cima da fogueiras, fica protegido contra o mal durante um ano. Ou seja, até à próxima festa de S. João.
9. A Regata dos Barcos Rabelos
Depois da grande festa na noite de 23 de junho, no dia 24 está, como sempre, marcada a Regata dos Barcos Rabelos. Ainda de pernas doridas – das grandes caminhadas da última noite – e, alguns, de ressaca, e com a roupa a cheirar a sardinha assada, pode assistir a esta tradicional regata que conta com os típicos barcos rabelos, que representam empresas ligadas ao comércio do Vinho do Porto.
A regata começa às 17h00, no dia 24, partindo do Cabedelo, em Gaia, e a chegada é feita na Ponte Luís I, frente às caves Sandeman.
10. S. João não é o santo Padroeiro do Porto?!?
Não, não é!
Podem até usar esta curiosidade como um bom desbloqueador de conversas: “Sabiam que...”. Apesar de muita gente o dizer, o S. João não é de facto o santo padroeiro da cidade do Porto, apesar de ter esta grande festa. A padroeira principal da cidade do Porto é a Nossa Senhora da Vandoma.
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