Existem vários sítios no país onde é possível viver esta experiência, como é o caso de Davos ou Gstaad, mas nós sabíamos que queríamos Zermatt para juntar o bom ao muito bom e acordarmos com vistas para o Matterhorn.
Os iglus demoram cerca de um mês a construir e abrem de meados de dezembro até início de abril. São construídos com neve compactada ao longo de vários dias e as paredes têm uma espessura de 3 metros. São tão seguros que mesmo quando começam a derreter na primavera, nunca desabam e vão apenas derretendo lentamente até desparecerem completamente em agosto.
No fim de construídos vem uma segunda fase com a equipa de escultores de gelo a decorar o espaço. Todos os anos o tema é diferente e o nível de detalhe é impressionante para uma obra efémera.
O que se faz durante a visita:
A experiência começa com uma viagem de comboio desde Zermatt até Riffelberg, a quase 3000 metros de altitude, onde estará alguém à espera para a caminhada até à aldeia de iglus, que só por si já é uma pequena aventura.
Quando se chega, e depois de uma bebida quente, é possível visitar toda a aldeia e entrar nos quartos.
Depois do jantar é possível ir com um guia fazer um passeio noturno na montanha com raquetes de neve fornecidas pelo hotel.
Outra atividade muito gira é o jacuzzi quentinho no meio da neve. Os hóspedes das suites, como era o nosso caso, para além de poderem usar o jacuzzi comum, têm um privado com vista para o Matterhorn num anexo ao quarto. Admito que pensei que não ia ser nada agradável estar num jacuzzi com temperatura negativas, mas estava redondamente enganada. A combinação da água bastante quente com o ar gelado é surreal.
Quando se fica com frio é possível ir para a Kota, uma cabana de madeira sempre quentinha graças à lareira. Esta cabana fica com a porta destrancada toda a noite para que, no caso de algum hóspede ter frio durante a noite, poder ir para ali se aquecer.
É também possível relaxar no bar todo construído em gelo. Tudo, incluindo mesas, bancos, balcão, é de gelo. Aliás, em invernos normais, não neste que vivemos atualmente, o bar está aberto durante o dia a visitantes que não hospedados.
Como é a experiência de dormir no iglu:
Mesmo que as temperaturas estejam extremamente baixas no exterior, e no nosso caso as temperaturas oscilaram entre os – 18.° e os – 22.°, a temperatura no igloo mantem-se estável nos zero graus.
As camas são também feitas em gelo, mas têm sacos cama de expedição próprios para aguentar temperaturas até – 50.°. Resumindo não sentimos frio nenhum dormindo apenas com uma primeira camada de roupa térmica dentro do saco cama.
O que levar:
Deve-se vestir o mesmo que se vestiria para fazer ski. Ou seja, uma camada térmica interior de calças e camisola, uma boa camisola, calças e casaco de ski, gorro (são aconselhados dois para o caso de um ficar molhado), meias próprias para o ski e botas térmicas.
Levar mochila (e não mala com rodinhas ou similares), água e uma lanterna ou tikka para colocar na cabeça.
Alguns snacks, especialmente para quem como nós leva crianças, porque apesar de o jantar e o pequeno almoço estarem incluídos é melhor não facilitar.
Nota importante: o hotel tem estado a mudar as peles de animais para sintética, mas nem todos os quartos estão alterados, embora seja um dos objetivos do hotel que na próxima época assim seja. Nas duas suites só uma já está com sintéticos e foi nessa que ficámos a nosso pedido.
Para mais informações podem consultar a página do hotel: Igloo Zermatt
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