
Há um roteiro que é divulgado nos guias turísticos, mas a maior parte das pessoas vai descobrindo passo a passo os 33 painéis de azulejos com excertos de poemas.

Cada painel tem um retrato e o nome do respetivo poeta.

A maioria são açorianos e muitos têm obras publicadas na coletânea Improvisadores da Ilha Terceira.
Há o hábito das cantorias ao desafio, uma herança dos povoadores do Minho e o improviso fica agora registado nas paredes de ruas muito frequentadas ou em lugares mais isolados.

Onde se encontram em maior número é junto à muralha defensiva da baía da Praia da Vitória.

Há também poetas açorianos que ganharam projeção a nível nacional e internacional. Um deles é Vitorino Nemésio, natural da Praia da Vitória e onde tem uma Casa Museu. A poetisa Natália Correia faz também parte do Passeio dos Poetas.
“Eu sou dos Açores
relativamente
naquilo que tenho
de basalto e flores”
Natália Correia in Autogénese

Destaque também a outro poeta e escritor açoriano, Álamo Oliveira autor de várias obras e alguma delas distinguidas em prémios nacionais. A sua poesia está traduzida em várias línguas.

Os painéis de azulejos algumas vezes sobressaem nas paredes das casas e, frequentemente, despertam a curiosidade de quem passa.

Conta Pedro Machado, do Turismo de Praia da Vitória, que muitas pessoas, depois de pararem em frente de um ou dois azulejos começam a reparar que há um roteiro e isso coloca-os alerta para outros encontros na rua.

A ideia partiu de um músico da terceira, Luis Gil Bettencourt e os azulejos foram feitos por outro artista local, Ramiro Botelho.

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