A paisagem na Barroca, Janeiro de Cima (concelho do Fundão), e Janeiro de Baixo (Pampilhosa da Serra) é muito parecida, com o domínio de serras altas.

Álvaro (Oleiros) fica sensivelmente a meio e, do ponto de vista paisagístico, o rio corre por vales mais abertos e serpenteia as serras com os famosos meandros, alargando o seu leito.

Pedrogao Grande
Pedrogao Grande Ponte Filipina próximo de Pedrógão créditos: andarilho.pt

Em Pedrógão Pequeno (Sertã) e Mosteiro (Pedrogão Grande) as paisagens voltam a ser de vales mais estreitos, vistas mais fechadas, com notórias exceções, como são o caso das albufeiras de Cabril e o enorme lago da barragem de Castelo de Bode.

Barroca
Barroca Espelho de água na Barroca créditos: andarilho.pt

Todas as seis aldeias de xisto têm praias fluviais, com exceção de Barroca. Há um lindo espelho de água, mas as correntes refletem a passagem pelas minas da Panasqueira e não é adequado tomar banho.

No património edificado destaca-se Álvaro pelas sete igrejas e capelas. Álvaro é uma das chamadas “aldeias brancas” por o xisto estar coberto de reboco pintado de branco, tal como em Pedrógão Pequeno onde se destaca igualmente a igreja Matriz e o infeliz pelourinho.

A fazer uma escolha, a opção seria Janeiro de Cima depois Álvaro. Porque combinam o património natural com o património edificado e imaterial.

Janeiro de Cima
Janeiro de Cima Janeiro de Cima créditos: Who Trips

Janeiro de Cima é muito bonito. Ao nascer do sol ou ao pôr do sol é deslumbrante o reflexo no xisto e nos seixos que dão corpo às paredes das casas. A zona urbana foi recuperada e tem ruas que são um primor. A praia fluvial é igualmente interessante. O açude forma um bonito e refrescante espelho de água.

Janeiro de Baixo
Janeiro de Baixo Janeiro de Baixo créditos: andarilho.pt

A opção de Janeiro de Cima permite descobrir Janeiro de Baixo, fica muito próximo, e Barroca. Pelo caminho há ainda magníficos miradouros como é exemplo o da Sarnada.

Aqui pode ver reportagem sobre Janeiro de Cima

Álvaro é uma surpresa. É uma varanda para o rio Zêzere. Alonga-se no topo de uma encosta virada para o vale do rio onde está uma praia fluvial. É num dos vários meandros.

Renascer de Álvaro
Renascer de Álvaro Ponte rodoviária junto a Álvaro e a praia fluvial créditos: Who Trips

A vista a partir do largo da igreja é espetacular.

Álvaro tem ainda um rico património religioso com várias igrejas, capelas e alminhas, um legado da Ordem de Malta.

Álvaro
Álvaro Álvaro créditos: andarilho.pt

Descobrem-se ainda histórias e esqueletos, como o do capitão, na igreja da Misericórdia.

Aqui pode ver reportagem sobre Álvaro.

Álvaro está relativamente isolada, não há o risco de invasões de turistas, tal como Mosteiro, com a sua bonita ribeira.

Além do rio e do xisto há um outro denominador comum: os incêndios. Esta região tem uma baixa densidade populacional, muitas povoações estão dispersas com as populações a procurarem terras menos pobres. Abunda a floresta. O pinheiro está a ser substituído pelo eucalipto. Mesmo após a última vaga de incêndios em 2017.

Praia fluvial de Valhelhas
Praia fluvial de Valhelhas Praia fluvial de Valhelhas créditos: andarilho.pt

Para além das Aldeias do Xisto, o Zêzere namora outros lugares fantásticos. A começar pela primeira praia fluvial, ainda na serra da Estrela. É em Valhelhas.

Foz de Alge
Foz de Alge Foz de Alge créditos: Who Trips

No concelho de Figueiró dos Vinhos há uma outra praia fluvial que é obrigatório visitar. Foz de Alge, a junção da ribeira de Alge com o rio. Um pouco mais à frente vamos para o grande lago da Barragem de Castelo de Bode.

Cirios em Dornes
Cirios em Dornes Dornes créditos: Who Trips

A albufeira tem vários pontos de interesse, destaco Dornes, o Lago Azul, o Miradouro na Capela de S. Pedro de Castro e o Penedo Furado.