No Norte de Portugal, pelos Vales do Sousa, Tâmega e Douro ergue-se um verdadeiro legado do românico, um património singular que nos transporta para a fundação da nacionalidade, a nobreza e os grupos religiosos existentes na região entre o século XII e XIII.
Nos Postos de Turismo, ou nos hotéis e restaurantes da região é possível encontrar material de apoio para quem deseja fazer esta rota. Um mapa com todos os monumentos assinalados será muito útil para delinear o itinerário a percorrer e não deixar nenhum dos locais por visitar.
Outro material de apoio interessante é o Passaporte da Rota do Românico, onde além de um glossário inicial com uma explicação dos elementos arquitectónicos do românico, tem ainda um espaço dedicado a cada um dos 58 monumentos da rota. Neste passaporte pode assinalar os monumentos que já visitou e responder a uma questão sobre o mesmo. A visita poderá ser autenticada no documento por um responsável, que irá assinar ou carimbar o mesmo, comprovando a visita.
Para completar o passaporte, precisa de passar por três vales - Sousa, Douro e Tâmega - assim como pelos 12 concelhos (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende).
É possível dividir a Rota do Românico em três, de acordo com os três vales que a compõem. No Vale do Sousa podemos encontrar 19 monumentos, entre Felgueiras, Lousada, Paredes, Paços de Ferreira e parte de Penafiel. Destaca-se aqui o Mosteiro de Paço de Sousa, uma verdadeira referência da arquitectura românica em Portugal, intimamente ligado a uma das famílias portuguesas mais poderosas na Idade Média. No interior do mosteiro é possível encontrar o túmulo de Egas Moniz, o Aio de D. Afonso Henriques.
O Vale do Tâmega está repleto de monumentos românicos - 25, no total -, distribuídos por quatro concelhos (Amarante, Penafiel, Marco de Canaveses e Celorico de Basto). O Vale do Tâmega é o mais marcado pela presença do Clero e das ordens religiosas, estando concentradas num reduzido espaço 18 igrejas e quatro mosteiros. Neste vale podemos ainda encontrar duas pontes medievais e o Castelo da Arnoia, em Celorico de Basto (também conhecido como Castelo dos Mouros). Destaca-se ainda o Mosteiro de Travanca - Amarante - por ter a mais alta torre medieval do país.
Por fim, junto às margens do rio Douro, entre os concelhos de Castelo de Paiva e Resende, podemos encontrar mais 14 monumentos românicos. Por exemplo, o Mosteiro de Santa Maria de Cárquere, intimamente ligado à lenda de que teria sido mandado construir por D. Henrique como pagamento pelo milagre que curou D. Afonso Henriques de uma doença congénita.
Grande parte dos monumentos encontram-se fechados ao público, pelo que será necessário fazer uma marcação prévia no site ou aproveitar as horas de culto para conseguir entrar.
A Rota do Românico está localizada no centro do triângulo de uma região declarada Património da Humanidade: Guimarães, Porto e Vale do Douro. Fazer a Rota do Românico é recuar no tempo e reviver a fundação da nacionalidade.
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