O castelo teve funções importantes desde a sua fundação no século XII. Conjuntamente com os castelos da Amieira e de Almourol funcionavam como vigias do Tejo e tiveram um papel importante na reconquista.
D. Sancho I remeteu para a Ordem dos Hospitalares o povoamento e a administração desta região e o castelo até serviu para guardar parte do tesouro real.
Ao longo do tempo a fortificação foi perdendo relevância e até Belver deixou de ser vila e sede de concelho.
Além da riqueza histórica, o castelo funciona hoje como um magnífico miradouro.
As muralhas e a torre foram restauradas, podem-se percorrer a pé e ver o Tejo a estender-se entre o Gavião e Belver.
A ponte quebra o ambiente natural como também a linha de comboio da Beira Baixa que tem aqui um percurso lindíssimo até às Portas de Ródão.
Do castelo consegue-se também ver a Praia Fluvial do Alamal e toda a zona envolvente.
Infelizmente a paisagem nesta altura é desoladora porque toda a área foi consumida por incêndios. O próprio castelo foi cercado pelo fogo e mais uma vez conseguiu cumprir a sua função defensiva e proteger a Capela de S. Brás, do século XVI, que está no interior das muralhas.
Belver tem mais alguns edifícios religiosos e sobressai a Igreja Matriz devido à altura da torre e as cores da pintura.
Belver está bem cuidada, com muitas habitações antigas recuperadas e as ruas estão sempre engalanadas com o colorido das casas.
Belver tem ainda o Museu do Sabão, um dos quatro que existem na Europa. Durante alguns séculos funcionou aqui a Fábrica Real de Sabão e até meados do século XX Belver teve um número relevante de saboeiros.
Belver pertence ao concelho do Gavião, está a Norte do Tejo e acede-se em poucos minutos a partir da A23.
O anjo da guarda de Belver faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, O anjo da guarda de Belver, pode ouvir aqui.
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