Uma placa assinala que estamos na nascente do Côa.

Rio Côa
Foios créditos: andarilho.pt

Um fio de água corre a partir das rochas e deixa um rasto de humidade entre plantas rasteiras e pedras soltas. Logo a seguir, deixa-se de ver.

Rio Côa
Serra das Mesas créditos: andarilho.pt

Estamos a 1775 metros de altitude e ao lado encontram-se blocos de granito, na forma de cubos, e que dão o nome ao lugar de Serra das Mesas.

Rio Côa
Foios créditos: andarilho.pt

O acesso à nascente do rio Coa é um curto percurso a pé e é relativamente fácil e agradável de fazer. A povoação espanhola vizinha é Navas Frias. Na parte portuguesa, a povoação mais próxima é Foios.

Sabugal
Rio Côa créditos: Who Trips

Consegue-se ver da nascente do rio, como também Vale de Espinho e o planalto até Sabugal, o percurso que o Coa vai fazer. É na entrada de Foios que se volta a ver o rio e ainda é uma criança.

Vai ganhando força e caudal com outros afluentes e segue depois um percurso por regiões com pouca densidade populacional.

Rio Côa
Praia fluvial de Rapoula do Côa créditos: andarilho.pt

A maior parte do percurso inicial é por lameiros e, em alguns lugares, a água do Côa é uma dádiva para as comunidades locais, muitos emigrantes que regressam no Verão e também para turistas.

Rio Côa
Praia fluvial de Badamalos créditos: andarilho.pt

As praias fluviais são muito agradáveis. Idílicas como por exemplo em Rapoula do Côa ou em vale das Éguas ou extensas e com relva como por exemplo em Badamalos.

Rio Côa
Praia fluvial Vale das Éguas créditos: andarilho.pt

Neste percurso, por onde passa a Grande Rota do Côa, um dos lugares históricos mais interessantes é a ponte de Sequeiros. Uma estrutura fortaleza que assinala a fronteira entre Portugal e o reino de Leão até ao tratado de Alcanizes.

Rio Côa
Ponte de Sequeiros créditos: andarilho.pt

Não muito longe fica o castelo de Vilar Maior. É uma das fortalezas que passou para território nacional. O mesmo se passou por outros castelos que o rio Côa é vizinho, como por exemplo Castelo Melhor.

Rio Côa
Ponte de Sequeiros créditos: andarilho.pt

No entanto, ainda hoje continuam algumas marcas de uma identidade comum, que anula as fronteiras. Como sublinha o arqueólogo Tiago Ramos, autor de um estudo sobre o povoamento desta região, “no Riba Côa, do Sabugal a Figueira de Castelo Rodrigo, há traços de identidade mais unitários. Eles ainda usam certas palavras que são claramente castelhanas.

Rio Côa
radição da Capeia Arraiana créditos: andarilho.pt

Por exemplo, em vez de dizerem rua ou beco dizem “caleja”. Há ainda a identidade em que estão muito ligados a Espanha, por exemplo com as capeias e os touros”. Outra marca comum na região do Riba Côa e que nesta altura ainda se pode ter a sorte de ver é as amendoeiras em flor.

Rio Côa
Seixo do Cõa créditos: andarilho.pt

Nos seus 135 km de extensão, o rio percorre zonas quase selvagens, o que preserva a pureza da água. Na parte final chega mesmo a atravessar a Reserva Natural da Faia Brava.

Rio Côa
Reserva da Faia Brava créditos: andarilho.pt

A vida selvagem com cavalos e aves pode ser contemplada de um miradouro de onde também se vê a profundidade e a dimensão do vale do Côa.

Rio Côa
Vale do Côa e as gravuras rupestres créditos: andarilho.pt

17km antes da foz, o rio Coa notabiliza-se ainda por fazer parte do Património Mundial classificado pela UNESCO devido aos vários núcleos de gravuras rupestres.

Rio Côa
créditos: andarilho.pt

Um dos melhores miradouros para ver o trajeto final do rio Côa é no Museu do Parque Vale do Côa.

Rio Côa
Vista do rio Côa do interior do Museu créditos: andarilho.pt

Outra possibilidade é descermos até à ponte da famosa Nacional 222 e observarmos daí a foz ou então no antigo apeadeiro do Côa que tem uma vista magnífica.

Rio Côa
Foios créditos: andarilho.pt

Côa: as gravuras de um rio selvagem, belo e com imensas praias fluviais faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.