Entrámos no cruzeiro do MSC World Europa, no Golfo Pérsico, no Dubai. Seguimos para Abu Dhabi, onde é imperdível uma visita à Grande Mesquita Sheikh Zayed. É a maior mesquita do país e tem capacidade para mais de 40.000 pessoas. É uma obra-prima da arquitetura moderna islâmica - tem um conjunto de detalhes que vale a pena descobrir.
Outro destino cultural obrigatório é o Louvre de Abu Dhabi. Inaugurado em 2017, destaca-se pelo edifício desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel. O olhar fixa-se no magnífica cúpula, inspirada nas folhas de palmeiras dos oásis dos Emirados Árabes Unidos, sobrepostas. Permite a entrada de luz e parece flutuar sobre as galerias. As entradas de água, em redor, proporcionam interessantes jogos de reflexos.
Acolhe uma coleção universal, disposta de forma cronológica. Torna-se única pelo paralelismo com a arte do mundo árabe, menos conhecida dos turistas ocidentais.
Se o propósito é lazer, vai encontrar os famosos parques de diversão da Yas Island. Escolhemos o Ferrari World, colado ao conhecido Circuito de Yas Marina.
No dia seguinte à visita a Abu Dhabi, acordámos na ilha de Sir Yani Bas, para desfrutar de um dia de praia. Os passageiros têm as espreguiçadeiras com chapéus na praia à disposição e podem usufruir do serviço de buffet e bebidas nos bares, como se estivessem no navio.
Seguiu-se um dia de navegação para depois fazermos nova paragem em Damman, na Arábia Saudita. Este era um dos países do mundo para os quais era praticamente impossível viajar em turismo. A sua natureza conservadora levou a Arábia Saudita a reduzir os contactos com o exterior para o mínimo, especialmente com o mundo ocidental. Desde 2023 está a haver uma abertura controlada e já é possível pedir visto para visitar o país.
Encontrámos assim uma cidade muito genuína, muito diferente dos países vizinhos, com autenticidade. Fomos acolhidos de braços abertos por uma população curiosa por receber os turistas nas suas ruas e a querer festejar este encontro.
A última paragem, antes do regresso ao Dubai, foi em Doha, no Qatar. No rescaldo do Mundial de Futebol, Doha é uma capital moderna, que se percebe que acabou de sofrer uma profunda intervenção. Atravessámos a marginal, onde se pode admirar o edifício do Museu de Arte Islâmica (obra do arquiteto I. M. Pei) assim como o do Museu Nacional do Qatar, a fazer lembrar uma rosa do deserto.
Tivemos oportunidade de navegar nas águas turquesa a bordo de um Dhow. O barco de madeira típico, usado na atividade comercial, é usado também para fazer passeios turísticos na baía. A apanha de pérolas foi a fonte de rendimento de muitas famílias na região, antes da descoberta do petróleo. Muitos trabalhadores passavam meses no bar, nestes barcos, na altura em que pérolas eram consideradas um artigo de luxo, ansiosamente desejado pela alta sociedade ocidental.
Antes do regresso ao navio, visitamos o Souq Waqif, um mercado tradicional, onde os comerciantes vendem bens como vestuário, artesanato e especiarias.
No regresso ao Dubai, os visitantes têm um dia completo para conhecer a cidade. Durante a Expo Dubai, já havíamos visitado o Burj Khalifa e, por isso, nesta viagem, optámos por desfrutar da vista incrível sobre a ilha artificial em forma de palmeira, a partir do The View.
O MSC disponibiliza programas de excursões nos portos que podem ser reservadas a bordo. No Dubai, Abu Dhabi ou Qatar há a opção hop-on-hop-off ou os táxis, que a um preço muito razoável podem proporcionar um programa à medida e adequado.
O CH Magazine agradece o apoio da MSC Cruzeiros Portugal, Ferrari World – Abu Dhabi e The View At The Palm para a realização desta reportagem.
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