E já sabemos o resultado final do referendo que estava a agitar os grandes viajantes por todo o Globo. Segundo um recente artigo, noticiou-se que o NomadMania tinha eliminado (e eliminaria como sanção) o perfil de alguns viajantes, incluindo um português, que tinham revisitado ou viajado até à Rússia. Desta feita, um referendo impôs-se para se saber se se manteria a remoção desses viajantes ou não.
Setenta e sete por cento das pessoas votaram contra o bloqueio de viajantes, no perfil do NomadMania, que visitem a Rússia e a Bielorrússia. 18% são a favor da medida que estava a provocar reação: remover perfis de viajantes que pisem território russo durante o conflito vigente. Uma percentagem irrisória absteve-se. Assim, um dos grandes viajantes (nomenclatura utilizada segundo, também, o MTP) foi já readmitido na plataforma, portanto o português Luís Filipe Gaspar recebeu uma decisão favorável com muitos apoiantes. O português está em 23º lugar entre os exploradores de todo o Mundo. Visitou os 193 países, segundo o critério da ONU. E revisita sempre.
Fique a saber que, de entre votantes, a Dinamarca foi a que mais votou contra quem viaje aos referidos territórios. Portugal, Espanha, Bélgica e Filipinas estão entre os mais tolerantes neste referendo e nesta questão. Mas quem superou, ou seja, sem votos de bloqueio, foram populações da Sérvia, Noruega, Estónia, Grécia, Emirados Árabes, etc. Em termos de idade, os viajantes mais jovens (abaixo de 35 e entre 34-55 anos) são os mais tolerantes.
Veja, na fotogaleria, imagens da recente viagem de Luís Filipe Gaspar à Rússia:
A propósito desta polémica e com a admissão resolvida, Luís F. Gaspar invoca uma nostalgia que, decerto, é comum a muitos viajantes amantes dos interrails na década de 1970. Assim, compara a sua recente viagem à Rússia aos “os primeiros interrails que eu fiz em 75-78 [1975-1978 – não incluíam a Rússia] porque não tinha cartões de crédito e tinha que levar sempre o dinheiro para comprar tudo (…) esta viagem na Rússia fez-me lembrar esses velhos tempos onde não havia nenhuma facilidade de Internet, nem de cartões de crédito (…)”.
Portanto, agora tem de viajar até à Rússia e Bielorrússia “à moda antiga”: tem de levar dinheiro em mão e sujeitar-se aos hotéis que estiverem disponíveis. É que o Booking.com não disponibiliza alojamento na Rússia. Já tentou a simulação? A resposta é sempre zero alojamento.
Mais dicas de Luís F. Gaspar sobre o cenário atual de viagens soviéticas: viagens aéreas de Portugal para a Rússia são permitidas. Todavia, se for pesquisar, os valores das viagens estão intragáveis. E recomenda-se aos portugueses que, se tiverem a Rússia nas suas próximas viagens, vão a partir da Turquia. Luís Filipe Gaspar, por exemplo, revisitou a Rússia saindo do Cazaquistão. Mais fácil se tornou.
Se for de Helsínquia, tem voo, mas depois cruzará a fronteira a pé. Quanto à estadia, tem de ‘ir de porta em porta’, já sabe.
Por outro lado, se quiser utilizar os comboios russos, recomenda-se comprar o bilhete… presencialmente (lá está, como antigamente) pois o site Russian Railways informa sobre a bilheteira, mas não disponibiliza nada online.
Se está a pensar ir à Rússia, aconselha-se que informe a embaixada de Portugal em Moscovo. Fica outra dica.
Comentários