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Um momento de viagem contado em forma de imagens e poesia.
a neve caía,
em south georgia,
na antártida.
as suas partículas,
a bater de frente
na lente das máquinas fotográficas
pareciam sementes lançadas.
as pestanas humanas abriam e fechavam,
como se fossem escovas de limpa-vidros,
em que as gotas escorriam sem pressa.
subitamente,
numa espécie de ginástica sincronizada,
aparece o dorso de uma baleia
a fazer lembrar o teorema de pitágoras.
depois de uma das suas respirações,
à tona,
partiu em silêncio.
o ir embora, sem avisar,
aplanou a hipotenusa.
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