Bagan é uma cidade mística, com os seus mais de 2000 templos, e de uma beleza incomparável. Ainda consegue ser um lugar pouco turístico onde é possível sentir a calma do Myanmar, mesmo sendo uma cidade.

Estava entusiasmada com esta segunda visita, pois quando visitei a primeira vez estávamos em plena estação seca, portanto desta vez esperava uma vegetação luxuriante. Infelizmente, não foi assim. Do que me lembro da última vez, Bagan está com o mesmo aspeto de “deserto” com palmeiras e templos. Está tudo bem seco e as ervas que se colam na roupa por cada trilho que decido explorar são como uma peste. Gostava de ter visto Bagan vestido de verde, mas isso não aconteceu.

Templos de Bagan
créditos: While You Stay Home
Bagan de bicicleta
créditos: While You Stay Home

Ainda assim, não é por isso que o lugar deixa de ser mágico, encantador e sinónimo de felicidade e liberdade. Na vasta extensão de templos que Bagan tem, a maior parte deles está no meio das ervas secas e campos, caminhos onde não há trânsito e ocasionalmente se encontram pessoas. Daí dizer que pedalar em Bagan provoca um sentimento de liberdade único. Desta vez com mais estilo, pois a bicicleta Ympek chama atenções. Na realidade, ela recebe muitos elogios na rua. As pessoas ficam muito surpreendidas quando digo que é minha e que veio diretamente de Portugal. A bicicleta é a melhor companheira para explorar Bagan, pelo menos para mim, que não consigo controlar as motas elétricas nestes caminhos arenosos.

Não me canso de ver templos, por cada um que passo tenho de parar para o apreciar melhor. Desta vez, explorei mais templos e áreas que não tinha visto da última vez e, por incrível que pareça, acho que ainda assim não vi tudo.

Nascer do sol em Bagan
créditos: While You Stay Home
Nascer do sol em Bagan
créditos: While You Stay Home

Ainda mais mágico são o nascer e o pôr do sol em Bagan. O nascer do sol é mesmo especial graças à vista repleta de templos com balões de ar quente a preencher o céu como pano de fundo. Não tinha assistido a nenhum nascer do sol em terra, já que da última vez o fiz em um dos balões que percorre a área.

Ver o nascer do sol em um dos templos de Bagan é incomparável. Não há outro cenário igual no mundo e este nascer do sol é pura magia. São momentos de gratidão por estar ali e poder assistir ao melhor que a natureza nos pode dar misturado com a criação do homem.

Sentir o gosto da liberdade sempre a sorrir no Myanmar
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Bagan tem um encanto especial para mim. Os sorrisos dos locais e os seus cumprimentos ajudam muito a que este lugar seja ainda mais especial.

No templo Sulamani, sentei-me um pouco para descansar ao pé de birmaneses que já lá estavam acomodados a vender souvenirs. Assim que chego sou abordada por todos a tentarem-me vender coisas, mas assim que o tempo passa e eu lá continuo sentada, parece que me torno parte deles. Só me retribuem sorrisos e não vêm mais tentar falar comigo para vender algo que é o seu ganha pão.

Até que vem um homem que se aproxima para mostrar o que vende e que acaba por ficar numa conversa interessante comigo talvez por uns 15 minutos. Não fala muito inglês, mas conseguimos ter uma conversa. Assim que falo de Portugal ele diz que tem um amigo português, algo nada comum por estes lados, então falamos mais sobre isso. Aparentemente há um português que conta com a ajuda deste senhor para trazer turistas a Bagan. Ele é o guia local que os acompanha. Foi engraçado encontrar esta pessoa ao acaso. Acabamos por ficar a falar largos minutos sobre muitas outras coisas. Gostei muito desta conversa e de ter conhecido este senhor tão simpático. E, mais uma vez, esta é das coisas boas do país: a interação com estas pessoas genuínas.

Bagan
créditos: While You Stay Home

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