Tradição e modernidade vivem paredes meias nesta cidade europeia. Fique a conhecer algumas das atrações que colocam Bruxelas entre os destinos a ter em conta nas próximas férias.

Uma pequena grande estátua

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: Frederic Paulussen/Unsplash

Este é um daqueles casos em que o tamanho realmente não importa. O Manneken-Pis mede apenas 55 centímetros e é um dos maiores, senão o maior ícone de Bruxelas. A famosa estátua do menino a urinar data do século XV e pode orgulhar-se de ser provavelmente a única do mundo a possuir um guarda-roupa. A tradição remonta ao século XVII e mantém-se até hoje. Em tempos idos, o Manneken-Pis era vestido quatro vezes por ano, por altura dos festivais. Atualmente, o calendário de festividades inclui mais de cem ocasiões, sendo ainda possível oferecer peças de vestuário à estátua mediante regras como a boa qualidade do tecido e a ausência de motivos políticos, religiosos ou publicitários. A fama da estátua é tal que foi roubada diversas vezes. As autoridades belgas decidiram então guardar a original no Museu da Cidade, na Grand Place e colocar uma réplica na fonte da Rue de l’Etuve.

Um Átomo e uma Europa em miniatura

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: Fisnik Murtezi/Unsplash

Quando se pensa em Bruxelas, é possível que o Atomium seja uma das atrações que logo vem à cabeça. Construída para a Expo 58, primeira exposição mundial do pós-guerra, a estrutura apresenta nova esferas que representam a fé na ciência e na energia. Vale a pena reservar umas horas para passear através destas e dos tubos e apreciar a exposição permanente e outras temporárias. No fim da visita, delicie-se com uma refeição no restaurante do monumento e não deixe de apreciar a vista sobre a cidade. Não muito longe está instalada a Mini-Europa que, como o nome indica, reproduz alguns dos maiores ícones do Velho Continente. Da lista fazem parte, entre outros, o Big Ben, a Acrópole de Atenas e o Arco do Triunfo. Portugal marca também presença com modelos da Torre de Belém, do Oceanário e do Castelo de Guimarães.

A Grande Praça

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: Austin P./Unsplash

Considerada por muitos a mais bela praça do mundo, a Grand-Place remonta ao século XII, quando era apenas o local de um mercado. Casas e edifícios foram sendo construídos, primeiro em madeira, com a fantástica câmara municipal gótica a surgir no século XV. Luís XIV bombardeou a praça em 1695, obrigando à sua quase total reconstrução. A Grand-Place foi sujeita a grandes modificações ao longo dos anos seguintes, tendo assumido a sua aparência atual no século XIX. Local de paragem obrigatória para quem visita Bruxelas, a praça continua a ter funções políticas e administrativas, uma vez que a câmara ainda ali se situa. Mas o seu papel não se fica por aí, já que costuma ser na praça que são homenageados atletas e outras figuras nacionais. Festivais, concertos e outros eventos também animam este espaço, que tem mesmo de conhecer duranta a estadia na capital belga. Património Mundial da UNESCO desde 1998, a Grand-Place convida a um longo passeio a pé e a uma pausa numa das suas muitas e charmosas esplanadas.

As Galerias Reais

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: Marcus Loke/Unsplash

A dois passos da Grand-Place encontra outro dos ex-libris de Bruxelas: as Galeries Royales Saint-Hubert. As primeiras da Europa, foram inauguradas por Leopoldo I em 1847 e continuam a destacar-se pela elegância das suas arcadas. De admirar são também a sua dimensão e o espetacular telhado em vidro abobadado. Paraíso para os adeptos das compras, as galerias oferecem lojas variadas de vestuário a chocolatarias, passando por cafés e brasseries. Um teatro e uma sala de cinema completam este espaço encantador.

Uma colina artística

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: N. Samatar/Unsplash

Chama-se Mont des Arts e é uma pequena colina a que vale a pena subir, desde logo pela vista belíssima sobre a baixa de Bruxelas. Mas os atributos vão mais além, já que esta área foi transformada num bairro artístico entre as décadas de 1930 e 1970, albergando hoje diversos museus e instituições culturais. É aqui que se encontram o KBR, novo nome dado à Real Biblioteca da Bélgica, a maior do país e museu do manuscrito e um parque que leva às estátuas do Rei Alberto I e da Rainha Elisabete. Uma das joias da coroa do Mont des Arts é, sem dúvida, o Museu Real de Belas Artes, que inclui o Museu Magritte, o Museu de Instrumentos Musicais e ainda o espaço cultural Bozar.

Parque Cinquentenário

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: François Genon/Unsplash

É um dos maiores postais de Bruxelas e foi construído em 1880 durante o reinado de Leopoldo para celebrar o quinquagésimo aniversário da independência da Bélgica. Misto de jardins ao melhor estilo francês e local histórico, o Cinquantenaire é rico em monumentos, museus e esculturas. Uma das suas joias da coroa é o imponente arco triunfal, inspirado no Arco do Triunfo parisiense. Do topo dos seus 40 metros, dominados por uma quadriga de bronze, é possível apreciar-se uma das melhores vistas da cidade. Os amplos caminhos do parque levam até ao Pavilhão das Paixões Humanas, desenhado por Victor Horta, ao Museu Real das Forças Armadas e História Militar, ao Museu de Arte e História e ainda ao espaço museológico dedicado aos fãs das quatro rodas.: o Autoworld. O Cinquantenaire recebe os mais variados eventos durante todo o ano, entre festivais, concertos e acontecimentos desportivos.

Waffles e cerveja

Bruxelas: arte e sabores ao melhor estilo europeu
créditos: Cristina Marin/Unsplash

Conhecer uma cidade passa por experimentar as suas especialidades gastronómicas. Bruxelas não é exceção e nada como começar pela doçaria, ou seja, pelas famosas waffles. Também conhecidas como gauffres, estas bolachas são absolutamente imprescindíveis durante um passeio pela cidade, ao pequeno-almoço, ao lanche… na verdade, qualquer hora é boa. Estaladiças por fora e macias por dentro, destacam-se pela sua massa muito leve, cortesia das claras batidas em castelo. Mas cuidado para não confundir as waffles de Bruxelas com as congéneres de Liège. As diferenças ainda são algumas, começando logo pelo facto de as delícias da capital serem retangulares e não arredondadas. Ao contrário das ‘primas’, as waffles de Bruxelas não são doces e são servidas como uma base à qual se acrescenta uma cobertura.

Bruxelas é a capital da Bélgica, mas também do chocolate. Sabia que foi aqui que nasceu o praliné? Tudo começou numa farmácia na Galerie de la Reine, onde o suíço Jean Neuhaus se lembrou de cobrir os medicamentos com chocolate. Mais tarde, o seu neto substitui a mediação amarga por um recheio saboroso, inventando assim o praliné. E esta é apenas uma das muitas curiosidades que envolve a história do chocolate em Bruxelas. Ao visitar a cidade, invista num tour dedicado à iguaria e ficará praticante um especialista.

Dos doces para os salgados, apresentamos-lhe o stoemp. Se a palavra lhe parece estranha, saiba que deriva da ainda mais estranha expressão holandesa ‘doorgestoempte patatjes’, que significa puré de batata. O stoemp é, pois, puré de batata misturado com vegetais como couves-de-bruxelas, cenouras, cebolas, entre outros. A acompanhar é servida carne de porco em forma de salsicha ou bacon, ou ainda um ovo estrelado. Variações não faltam, é tudo uma questão de escolha.

Quanto a bebidas, Bruxelas apresenta-se como o epicentro da cerveja. São centenas de anos de tradição, que vale a pena conhecer nas cerca de vinte cervejeiras disponíveis na região. Não deve ser fácil experimentar todas, mas há cervejas para todos os gostos, algo como mil e quinhentas em toda a Bélgica, com diferentes métodos de fermentação e consequentemente sabores diversos.

Bruxelas é uma cidade cheia de atrações, que combina tradição e modernidade na dose certa. Aproveite os melhores preços da TAP e parta à descoberta da terra do Manneken Pis e das waffles.