A Guiné-Bissau foi uma colónia portuguesa durante quase 500 anos e isso marca ainda hoje os seus hábitos e tradições. Mas esta não é a única influência, até porque a capital Bissau fez antes parte de importantes reinos e impérios do continente africano, como é o caso do Mali. Esta mistura de influências pode ser apreciada no Museu Etnográfico Nacional, que expõe um rico acervo de arte, artesanato e peças arqueológicas.
Se quer ficar mesmo tomar o pulso à cidade, então não pode deixar de visitar o Mercado de Bandim, onde encontra produtos típicos como esculturas de madeira, tecidos garridos ou especiarias.
Da Sé à Fortaleza
O roteiro deve incluir ainda uma passagem pela Catedral da Sé da Candelária, a principal igreja erguida pelos portugueses. Um dos monumentos mais antigos de Bissau, o edifício destaca-se pelo seu estilo colonial e ainda por uma agradável praça ajardinada, ideal para uma pausa.
Acrescente ao passeio a visita ao Palácio Presidencial e à Fortaleza de São José Amura. Edificada em 1696, esta última constitui a mais importante edificação da cidade, tendo servido durante séculos para defesa e como ponto de comércio de escravos. Aproveite para visitar, no seu interior, o mausoléu de Amílcar Cabral, um dos maiores heróis nacionais na luta pela independência.
O imperdível Arquipélago dos Bijagós
A pouco mais de quatro horas de barco encontra o Arquipélago dos Bijagós. São ao todo 88 ilhas, 23 delas habitadas, ao largo da costa da Guiné-Bissau. Deixe-se deslumbrar pela imensidão das praias de areia branca praticamente desertas, bem como pelas florestas tropicais, savanas e mangues, neste território singular que faz parte da Reserva da Biosfera da UNESCO.
A estrela da fauna local é o hipopótamo, mas por aqui habitam mais de 150 espécies de golfinhos, crocodilos, primatas, isto sem esquecer cinco das oito espécies de tartarugas existentes no planeta. Rica também em peixes, marisco e moluscos, a região atrai todos os anos pescadores profissionais dos quatro cantos do mundo.
É certo que os raros hipopótamos marinhos podem ser avistados em várias ilhas, mas a sua predileta é Orango, uma das principais. Para além de habitat destes animais, este local serve também para as cerimónias fúnebres e enterro dos reis e rainhas dos Bijagós, o povo local cujos costumes vale a pena conhecer durante esta viagem.
Já em João Vieira e Poião, outras duas das ilhas mais procuradas, encontra um fantástico santuário para reprodução de tartarugas marinhas. A encerrar os motivos de interesse, a Praia de Bruce. Situada na ilha de Bubaque, vai conquistá-lo com o seu imenso areal branco e tem a vantagem de ser praticamente deserta.
Gastronomia e clima
Peixe e arroz são dois dos mais importantes ingredientes da cozinha guineense. E não estão sozinhos. As ostras também abundam, bem como os camarões de Farim. A lima, a malagueta, o óleo de palma e o amendoim completam a lista. A ementa é longa, incluindo por exemplo, o pitche-patche de ostras (ostras, arroz, tomate e limão), os camarões à guineense (camarão, pepino e piripiri) ou o caldo de peixe (peixes vários, óleo de palma, alho, cebola e arroz).
O clima da Guiné-Bissau é tropical, logo quente, húmido e com chuvas fortes. Estações tem apenas duas: a seca, entre dezembro e maio; e a das chuvas, que vai de junho a novembro. Entre os meses de março e julho, conte com muito calor e humidade, o que obriga a beber muita água e a não esquecer o protetor solar. As temperaturas oscilam pouco neste país africano, sendo a média anual de 26 graus. Entre dezembro e fevereiro – época ideal para ver as tartarugas marinhas imergirem dos ovos – o termómetro desce ligeiramente.
Agora que já conhece um pouco dos atributos de Bissau (e arredores), comece a preparar a sua viagem e parta à descoberta da antiga Guiné portuguesa na companhia da TAP.
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