A ida de Cristiano Ronaldo para o clube Al Nassr está a pôr a Arábia Saudita sob os holofotes mundiais e o turismo também vai beneficiar com a ida do craque português para o país.
É o segundo maior país árabe do mundo, atrás da Argélia, com uma população de 33,5 milhões de habitantes, ocupando grande parte da Península Arábica. Conquistou poder mundial através do petróleo e do gás. É o maior exportador de "ouro negro" do mundo, sendo o segundo em termos de reservas deste recurso valioso.
Por outro lado, no território do país não existem lagos ou rios, sendo o maior país do mundo sem a presença destes corpos hídricos que transportam outro recurso muito valioso. O país sofre com escassez de água e para suprir essa necessidade realiza a dessalinização da água ou recorre a aquíferos subterrâneos.
O Reino da Arábia Saudita é regido por uma monarquia absoluta teocrática, sendo reconhecido que não há liberdade política e religiosa no país, além da falta de liberdade concedida às mulheres. De acordo com a Organização das Nações Unidas, está entre os países com mais infrações dos direitos humanos.
Turismo na Arábia Saudita
De sítios arqueológicos no deserto a praias no Mar Vermelho, passando por grandes cidades e aldeias pitorescas, há muito para conhecer neste país que já foi considerado um dos mais fechados do mundo.
Em 2019, o reino abriu-se a turistas internacionais pela primeira vez com a implementação do sistema de vistos eletrónicos para portadores de passaportes de 49 países, incluindo Portugal. Até então, o país só concedia vistos a trabalhadores expatriados, pessoas que visitavam o país a negócios e peregrinos.
Também nesta altura foi autorizado que os casais estrangeiros que não sejam casados possam ficar no mesmo quarto de hotel. Regras menos rígidas para o vestuário também foram adotadas para turistas. O álcool permanece proibido no país.
Desde então, a Arábia Saudita investiu em várias infraestruturas turísticas, como hotéis e resorts, como este com ilhas artificiais em forma de golfinho. Até já há uma praia onde é possível aproveitar o mar sem segregação de género.
O país tem um enorme potencial como destino de mergulho no Mar Vermelho e possui seis locais do Património Mundial da UNESCO. No entanto, existem algumas ressalvas: as mulheres ainda são obrigadas a vestir-se de forma modesta em público, e os não muçulmanos continuam proibidos de visitar as cidades sagradas de Meca e Medina.
O turismo religioso é considerado o "ouro branco" da Arábia Saudita que recebe todos os anos milhões de peregrinos religiosos, principalmente, em Meca, que além de ser uma cidade sagrada, é um templo do consumo.
A capital Riade e as cidades de Jeddah, Abha, Jizan e Al Ula devem fazer parte de um roteiro pelo país.
Alguns lugares curiosos do país incluem estas misteriosas esculturas de camelos no deserto ou esta cidade das rosas.
No site oficial do turismo encontra mais informações e destinos para organizar uma viagem.
Sobre as recomendações de segurança durante a viagem, o Portal das Comunidades Portuguesas deixa o aviso: "desaconselham-se deslocações às zonas fronteiriças com o Iémen (sul do país) e com o Iraque (norte do país), assim como à região de Qassim e Buraidah e recomenda-se precaução em todo o território".
Quando visitar?
O clima é muito quente durante o verão, podendo as temperaturas chegar com frequência a 45ºC nos meses de maio a setembro. Os invernos são amenos, podendo ser frios nas áreas montanhosas.
Assim, a melhor altura para visitar o país é entre novembro e fevereiro.
Deve-se evitar o mês do Ramadão por ser mais difícil conseguir encontrar espaços que sirvam refeições durante o dia e muitos estabelecimentos praticam horários reduzidos.
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