Chama-se  IATA Travel Pass e está a ser desenvolvida pela  Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a associação comercial global da qual 290 companhias aéreas fazem parte. A IATA espera que a aplicação móvel de uso gratuito seja a chave para reabrir fronteiras e fazer o mundo voltar às viagens novamente, sem a necessidade de quarentena.

A aplicação permitirá que as companhias aéreas e autoridades governamentais registem e partilhem informações de saúde dos viajantes, como resultados aos testes COVID-19 e situação de vacinação, funcionando de quatro formas.

Primeiro, há um registo global de requisitos de saúde, para que os passageiros possam verificar o que é necessário para entrar nos destinos para onde desejam visitar.

Depois disso, os viajantes podem verificar o registo global dos centros de teste e vacinação para que possam marcar consultas antes da partida. Os laboratórios e centros de teste autorizados podem partilhar com segurança os certificados de teste e vacinação com os passageiros através da aplicação. E, finalmente, os viajantes podem gerir a sua identidade digital para viagens sem contacto: criando uma versão digital do seu passaporte, recebendo e partilhando certificados de vacinação ou testes à COVID-19 e gerindo também outros documentos de viagem.

Esta nova plataforma digital é uma modernização do sistema existente de testes em papel e certificados de vacinas. No momento, trata apenas da certificação COVID-19, mas tem potencial para ser expandida no futuro, de acordo com as necessidades.

A IATA Travel Pass será gratuita e o lançamento para iOS e Android está agendado para o final de março. A Singapore Airlines será uma das primeiras a testar a aplicação, seguida por outras como a Qatar Airways, Emirates, Etihad Airways, Copay Airlines e outras 15 outras, de acordo com a IATA.

Com a nova aplicação e a vacinação em marcha, a associação global de companhias aéreas estima que as viagens possam atingir atingir valores de cerca de 50% dos níveis de 2019 até o final deste ano. Os analistas esperavam um aumento maior nas viagens no início de 2021, mas a disseminação contínua do vírus e o surgimento de novas estirpes afastaram essas expectativas.