Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Valença, no distrito de Viana do Castelo, José Manuel Carpinteira, espera ainda este ano avançar com o projeto de inovação e modernização do comércio e serviços da Fortaleza, monumento nacional e em processo de classificação como Património da Humanidade, pela UNESCO.

“O investimento previsto na candidatura tem uma componente de obra no espaço público, como a beneficiação de algumas praças, instalação de sinalética, e a outra componente, dirigida aos comerciantes do interior da Fortaleza, que vão ser chamados a aderir às ferramentas digitais”, especificou o autarca socialista.

O projeto, cuja candidatura foi aprovada pelo PRR, “pretende recriar uma zona comercial de excelência, marcada por um património histórico e cultural com características únicas, através de um projeto de integração tecnológica capaz de atrair mais visitantes à cidade, impulsionando uma maior participação dos cidadãos valencianos nas vivências da Fortaleza e contribuir para uma economia de proximidade”, referiu.

Numa nota enviada às redações, a autarquia justificou a aprovação do BCD “por estar circunscrito, geograficamente, a um espaço contíguo dentro da Fortaleza, caracterizado pela sua natureza comercial, onde estão presentes os principais serviços públicos”.

“O património histórico representa elementos característicos únicos, que permitem a criação de uma zona de excelência, com uma elevada atratividade de consumidores (visitantes e turistas) nacionais e estrangeiros, contribuindo para qualificar e dinamizar todo o comércio valenciano”, refere o documento.

José Manuel Carpinteira acrescentou que o BCD de Valença, numa parceria com a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), “será desenvolvido durante 28 meses, com conclusão prevista para o início de 2026”.

O BCD de Valença “contempla a instalação de sistemas de conectividade Wi-Fi, a instalação de Centros de Informação Digital (múpis), a aquisição e instalação de mobiliário urbano, a instalação de sinalética para promoção de uma identidade visual comum, o desenvolvimento de ‘websites’ e aplicações para dispositivos móveis e o desenvolvimento de sistemas de gestão de tráfego, ‘online’ e ‘offline’.

O projeto prevê ainda “a prestação de informação aos comerciantes, a integração de sistemas de controlo de tráfego e afluência, instalação e integração de sistemas de experiência de realidade aumentada, adoção de soluções de gestão de stocks digitais, digitalização de estruturas de estacionamento com sistema de pagamento digital, entre outras situações”.