Um estudo da PwC estima que cada peregrino inscrito na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai fazer um gasto médio diário entre 30 a 36 euros e cada peregrino não inscrito entre 67 a 81 euros.

O estudo da PwC Portugal, hoje divulgado e que contou com o apoio técnico do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), teve como objetivo calcular o impacto económico estimado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa.

Em termos de efeitos diretos, estimados, gerados pelo evento, a PwC espera um gasto total entre 47 milhões a 69 milhões de euros pelos peregrinos inscritos na JMJ, de 49 milhões a 73 milhões de euros pelos não-inscritos e seis milhões a nove milhões por outros.

Segundo o estudo, cada um dos 268 a 328 mil peregrinos inscritos não-residentes em Portugal deverá ter um gasto médio diário de 30 a 36 euros, com uma estadia média de seis dias, enquanto cada um dos 340 a 415 mil peregrinos não-inscritos não residentes em Lisboa terá um gasto diário médio entre 67 a 81 euros com uma estadia média de dois dias.

A análise olha também para outros perfis, como jornalistas, esperando nove a 11 mil, com uma estadia média de 11 dias e um gasto diário médio de 67 a 81 euros.

Além dos eventos da JMJ, a análise calcula que 106 a 158 peregrinos e voluntários façam estadias adicionais de cerca de três dias e meio, com um gasto médio diário de 133 a 163 euros.

Para estimar o gasto médio diário por participante (que não inclui o montante de inscrição), a PwC assumiu como referência 65% do gasto médio de um turista em Lisboa, assumindo uma menor disponibilidade para o consumo, enquanto ao nível do prolongamento da estadia por parte de não-residentes 80% da referência da JMJ realizada em Madrid em 2011.

A tipologia de participantes para basear os cálculos recorreu a um estudo sobre o impacto económico da JMJ em Madrid, o inquérito motivacional 2022 do Turismo de Lisboa e dados disponibilizados pela Fundação JMJ.

O estudo calcula ainda que os gastos dos participantes vão ter um impacto no Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 235 milhões a 397 milhões de euros, os gastos da Fundação e Dioceses de 77 milhões de euros e os gastos da Administração Central e Local de 83 milhões de euros, gerando um impacto global estimado entre 411 milhões a 564 milhões de euros.

Estima ainda um impacto total na produção entre 811 milhões a 1.100 milhões de euros, resultado de um impacto entre 447 milhões a 754 milhões de euros dos gastos dos participantes, de 156 milhões de euros de gastos da Fundação e Dioceses e 176 milhões de euros dos gastos da Administração Central e Local.

O VAB corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB) ajustado do impacto dos subsídios e impostos sobre os produtos enquanto a produção representa o valor dos bens e serviços produzidos pelas atividades económicas consideradas, mas “não revela o contributo para a geração de riqueza nacional”, uma vez que inclui os consumos intermédios de bens e serviços.

A análise considera os gastos de alojamento, alimentação, comércio, transportes e outras despesas dos participantes, assim como o investimento associado à organização do encontro entre os dias 01 e 06 de agosto, os dias nas dioceses, realizados ao longo do país e que antecedem o encontro em Lisboa, e as estadias adicionais para além dos dias do encontro expectáveis no caso de uma parte dos participantes estrangeiros e os impactos estimados partem de uma base conservadora.