O Aeroporto de Londres Heathrow disse em comunicado que o número de viajantes caiu mais de 84%, devido às restrições impostas pelo Reino Unido a passageiros de vários países durante a pandemia. O Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle recebeu 19,3 milhões de passageiros entre janeiro e o final de setembro, cerca de 300.000 a mais do que Heathrow, de acordo com os últimos números do aeroporto de Londres.
O Heathrow também admitiu que espera um número significativamente menor de passageiros este ano e no próximo do que havia previsto durante o verão, depois de a recuperação nas viagens globais prevista não se ter materializado. Em junho, o aeroporto esperava um total de 29,2 milhões de passageiros em 2020 e 62,8 milhões em 2021. Agora, esses números foram revistos para 22,6 milhões e 37,1 milhões, respectivamente. Em 2019, 81 milhões de passageiros passaram por Heathrow.
O presidente-executivo John Holland-Kaye alertou, após o aeroporto ter publicado os últimos resultados, que a Grã-Bretanha estava a "ficar para trás" em relação aos outros países europeus na reabertura das suas fronteiras e disse que o governo está a ser muito lento a introduzir testes de coronavírus nos aeroportos.
Charles de Gaulle, que tem quatro pistas contra as duas de Heathrow, já estava a crescer mais rápido do que o aeroporto de Londres antes da pandemia, mas ocupou o primeiro lugar mais cedo do que o esperado. Em fevereiro, Holland-Kaye disse que achava que isso aconteceria em cerca de dois anos.
O Reino Unido tem um período de quarentena de 14 dias para pessoas que chegam da maioria dos destinos internacionais. Já nos aeroportos franceses, chegadas de países de alto risco devem apresentar um resultado de teste negativo feito nas últimas 72 horas ou são testadas no aeroporto gratuitamente.
O governo do Reino Unido anunciou planos para lançar testes para passageiros de países de alto risco até dezembro, num esforço para impulsionar a economia.
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