A ilha de Tristão de Cunha está a criar uma zona de proteção marinha que a tornará no maior santuário do Atlântico e o quarto maior do mundo. A ilha é um Território Britânico Ultramarino no Atlântico Sul e o governo do Reino Unido anunciou que quase 700 mil quilómetros quadrados das águas ao redor de Tristão da Cunha irão ser transformadas numa área marinha protegida. A pesca e outras atividades prejudiciais serão proibidas, num esforço para proteger a vida selvagem encontrada dentro e ao redor da cadeia de ilhas, incluindo albatrozes, pinguins, baleias, tubarões e focas.

A zona de proteção de Tristão da Cunha passa a fazer parte do "cinturão azul" de áreas protegidas em territórios ultramarinos do Reino Unido, que são controladas usando tecnologia de satélite. O santuário é apoiado pela comunidade local e por uma parceria internacional, e irá proteger um "paraíso natural" quase intocado para dezenas de milhões de aves marinhas e outros animais selvagens.

O território inclui quatro ilhas principais, a maior das quais é Tristão da Cunha, localizada 2.810 quilómetros a oeste da Cidade do Cabo, na África do Sul. Foi descoberta pelos portugueses em 1506. A Grã-Bretanha tomou posse de Tristão da Cunha em 1816, estabelecendo o primeiro assentamento permanente do território. A ilha foi evacuada após uma erupção vulcânica em 1961, mas os habitantes voltaram em 1963.

A fonte de rendimento mais importante do território é a pesca comercial do lagostim, que é vendido como um produto de luxo nos EUA, Europa, Japão e China.