O mercado de Loulé está situado numa zona central da cidade. Em frente da praça da República e ao lado da Câmara Municipal.
Foi inaugurado em 1908 e é de estilo neo-árabe. Tem azulejos a decorar as quatro entradas que se destacam igualmente pelo rendilhado nos portões metálicos.
As cores branca e vermelha acentuam o encanto da arquitetura no exterior e no interior. O corredor central tem arcos metálicos e toda a estrutura revela a reformulação que sofreu em 2004.
O mercado tem 26 lojas e 78 bancas. Junta o comércio tradicional de vegetais, carne e peixe com produtos mais recentes, como por exemplo bolachas sem glúten, que são vendidas na banca 49 de Ana Fialho.
Está aqui há quase um ano e rapidamente descobriu a rotina do mercado. “Normalmente os locais chegam mais cedo. Por volta das 11h notam-se mais os turistas e pela hora de almoço regressam os locais.”
É grande a diversidade de produtos à venda e a maioria dos vendedores são do concelho de Loulé, “mas em algumas alturas também há de outros concelhos. Por exemplo, quando da época da batata doce há vendedores de Aljustrel. O mercado acaba por ser um ponto de encontro do Algarve.”
Produtores a venderem os seus produtos é mais fácil encontrar ao sábado, “à volta do mercado, onde colocam bancas. Essas sim, são de produtores locais que só vêm uma vez por semana. Muitos deles têm as suas pequenas produções e trazem para vender.”
Ana Fialho refere que a população local mantém o hábito de ir fazer compras ao mercado.
“Principalmente ao sábado. Os preços no mercado são ligeiramente mais caros devido ao turista.
Ao sábado, com as bancas no exterior, os preços são mais competitivos porque aumenta a oferta.”
Além das compras o mercado continua a ser um ponto de encontro social e um laço afetivo porque “faz parte das nossas memórias. Em especial vir ao sábado com a família.
Fica entranhado e depois passa de geração em geração.”
Com a última reformulação o mercado preservou espaços antigos, como cafés, mas introduziu a restauração na zona central. Fica em frente das portas laterais que dão mais luz para o interior e criam um ambiente muito próprio.
A banca de Ana Fialho fica num dos corredores laterais e vende bolachas, farinhas, bolos, massas... uma grande variedade de produtos sem glúten.
“Sempre houve pessoas com intolerância e alergia a glúten, mas cada vez há mais pessoas que, por opção, não comem glúten.
Esta é uma banca a pensar nas opções sem glúten e na venda a granel. Por causa das questões ecológicas, das embalagens e, por outro lado, como só se leva o que se quer, evita-se o desperdício.”
O mercado de Loulé é também utilizado para a realização de vários eventos.
Mercado de Loulé: o postal ilustrado da cidade faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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