“Com a iminência do ‘Brexit’ e a ascensão da concorrência de destinos como a Turquia, Tunísia e Egito (que estiveram adormecidos e que, desde 2016, têm vindo a recuperar), sentimos a necessidade de trabalhar mercados novos e com um potencial forte de crescimento”, afirmou Maria Manuel Ramos.

Segundo salientou, “sendo o mercado chinês o número um em ‘outbound’ [emissão] de turistas no mundo e tendo em conta que a Espanha surge já como o quarto país na lista de preferências deste mercado, Portugal, por questões de localização e de proximidade, posiciona-se, sem dúvida, como uma boa porta de entrada para estes visitantes”.

Adicionalmente, tem vindo a registar-se uma “procura crescente” por parte dos turistas chineses pelo destino Porto e Norte de Portugal.

“Decidimos explorar esta oportunidade, uma vez que acreditamos que apostar num dos mercados com maior poder de compra será também um dos caminhos acertados para marcar a diferença face à concorrência. Criar ofertas diversificadas, de modo a crescer num segmento competitivo, foi outro dos motivos que nos levou a fazer esta aposta”, acrescentou a diretora de turismo da marca.

As visitas às caves com guias chineses, que explicam e acompanham os turistas ao longo de toda a experiência de descoberta do mundo do vinho do Porto, estão já disponíveis desde o início de abril, sob reserva prévia e para grupos com um máximo de 45 pessoas, complementando a oferta já existente de visitas guiadas em português, inglês, espanhol e francês.

Apesar de atualmente os turistas chineses representarem apenas 1% dos visitantes das caves Cálem, localizadas em Vila Nova de Gaia, o objetivo é “chegar a pelo menos 5% através de todas as ações implementadas”.

Estas ações incluem a promoção das novas visitas guiadas em mandarim “junto dos operadores que trabalham este nicho, principalmente aqueles que têm escritório ou representantes em Espanha”.

Paralelamente, a aposta da Cálem no mercado chinês passa pela presença da marca “numa das plataformas de reservas com maior implementação no mercado asiático – ‘Klook’ - e, brevemente, pela disponibilização em todas as lojas e centros de visita das marcas do grupo Sogevinus de um método de pagamento através da plataforma Alipay (a maior plataforma de pagamentos digitais da China), para facilitar as transações junto dos turistas chineses.

Fundada em 1859 por António Alves Cálem, a marca Cálem apresenta-se como “uma embaixadora do Porto pelo mundo” e reclama a liderança no mercado português, “em larga medida graças à insígnia Cálem Velhotes”, tendo vindo a apostar em vários mercados externos.

Segundo a marca, que integra o grupo Sogevinus Fine Wines, as caves Cálem “são as mais visitadas caves de vinho do Porto e uma das mais visitadas caves de vinho em todo o mundo”.

No mercado desde a década de 1990, o grupo Sogevinus Fine Wines produz e comercializa vinhos do Porto e vinhos Douro DOC.

Fonte: Lusa