Aproveitar o fim de semana para conhecer os pontos de interesse de uma cidade, para assim fazer check, ou aproveitar a realização de um evento para visitar uma nova cidade, pode ser uma tendência dos nossos dias, - graças às companhias low cost e à geração millenial - porém, há também um grupo crescente de pessoas para as quais este tipo de viagem não é muito interessante, segundo o site Kiwi.

Por vezes, o viajante quer andar sem pressa, conhecer a forma como os locais vivem o seu dia a dia e, em alguns casos, experimentar novas atividades ou aprender a fazer um prato local. Nem sempre o viajante quer andar a cronometrar o tempo e, por vezes, quer apenas desfrutar dos momentos: passar a tarde numa galeria de arte ou fazer um piquenique num parque.

Com isto em mente, o site Kiwi elegeu oito cidades perfeitas para explorar sem pressas e horários. Fique a conhecer:

Edimburgo, Escócia

Edimburgo, Escócia
Edimburgo, Escócia créditos: Pixabay

A capital da Escócia oferece na área de Stockbridge um maravilhoso labirinto de ruas para se perder: há pequenas casas de café artesanal e espaços de artesanato - joalherias, galerias, olarias e afins. Ao domingo, há um mercado de agricultores, e cada uma das bonitas casas georgianas é uma que gostaria de chamar sua. É provável que nenhuma venha a ser sua, mas sonhar é bom, certo?

Apanhe ar fresco enquanto caminha até Arthur’s Seat, passe por Inverleith Park (que, entre outras coisas, inclui um relógio de sol para os raros dias escoceses sem chuva) e termine na praia de Portobello. Poucos recordam-se que Edimburgo fica no litoral e poucos turistas aproveitam este fato.

Depois do passeio e se procurar um lugar para descontrair um pouco, saiba que existem várias opções como o Twelve Triangles, o cinema The Cameo e a Sofi’s.

Knoxville, Tennesse, EUA

Knoxville, Tennesse, EUA
Knoxville, Tennesse, EUA créditos: Pixabay

Knoxville tem tudo aquilo que pode esperar de uma cidade com cerca de 185 mil pessoas, porém, com um ambiente aconchegante. No centro da cidade há várias atividades. A zona velha de Knoxville é a área central criativa e vibrante, rica em arquitetura e história. É também o lugar ideal para comer e beber. Há de tudo um pouco, desde cafés a pubs irlandeses e escoceses, a pizzas e a hot dogs estilo Chicago. À noite, a cidade velha torna-se no centro da cena musical independente de Knoxville, com muita música ao vivo tanto nas ruas como em bares e pubs.

Nunca é demais sugerir o mercado de agricultores que acontece duas vezes por semana na Praça do Mercado. Muitos negócios da cidade dependem de produtos frescos, como o The Tomato Head, onde até o pão do sanduíche é caseiro. Muitos destes lugares também funcionam como espaços de exibição para artistas locais. Também há noites de open mic e noites de poesia.

Se lhe apetecer algo ao ar livre, divirta-se no Ijams Nature Center, com belos trilhos e paredões ao longo do rio - e um jardim de cerveja. Se quiser ainda algo mais desafiante, aventure-se no deserto das Great Smoky Moutains.

Pode ainda descobrir a região através do histórico comboio a vapor, o Three Rivers Rambler, ou ainda de barco. O The Star of Knoxville faz passeios turísticos e cruzeiros pelo rio Tennessee.

Sibiu, Romênia

Sibiu, Romênia
Sibiu, Romênia créditos: Pixabay

Cerca de 150 mil pessoas chamam Sibiu de casa. Não é uma cidade grande, contudo, quando se trata de charme e tranquilidade está bem acima do seu peso. É ideal para andar a pé. A cidade velha medieval é dividida em três praças, cada uma com o seu próprio caráter. As torres e as muralhas de Sibiu lembram que a cidade já foi uma das mais poderosas da Europa.

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A cidade é uma mistura germânica e romântica. Um passeio pela cidade mostra-nos uma arquitetura sólida. Há um par de museus estranhos que vale a pena visitar se tiver oportunidade. O Museu de Caça August vo Spiess pode não ser para todos os gostos, mas conta com uma coleção única de taxidermia (e com um pátio com um lago cheio de tartarugas). Numa casa gótica (que costumava ser uma farmácia chamada The Black Bear), encontra-se um museu de remédios antigos que é dedicado a Samuel Hahnemann, considerado hoje o pai da homeopatia.

Entre explorar a cidade e parar para tomar um café (ou beber um copo de vinho), pode testar a sua honestidade na Ponte das Mentiras. Pense na maior mentira possível e diga-a em cima da ponte. Reza a lenda que a ponte consegue ouvir as mentiras e que começa a tremer e a chiar sempre que alguém diz uma enquanto a atravessa.

Ah, não estranhe os olhares que vêm dos telhados do centro. Porquê? Pesquise no Google por sibiu eyes roofs.

Hannover, Alemanha

Hannover, Alemanha
Hannover, Alemanha créditos: Pixabay

Hannover é umas das cidades mais tranquilas e verdes que alguma vez vai visitar, garante o Kiwi. Este é um lugar de aprendizagem, cuja linhagem real já forneceu seis monarcas ao Reino Unido, de George I a Victoria. A cidade orgulha-se da sua variedade de parques e jardins, com os Jardins Herrenhäuser como joia da coroa.

A coleção de espaços verdes inclui, para além de outras coisas, um laranjal, um jardim de ervas, estufas, uma casa de orquídeas, um labirinto de cercas e uma ampla seleção de estátuas, prédios e fontes do século XVII.

O parque Eilenriede, no centro de Hannover, tem o dobro do tamanho do Central Park de Nova Iorque. Eilenriede fica a menos de um quarto de hora da estação central de comboios. Mais próximo de uma floresta do que de um parque é lar de veados, martas, lebres, entre outros.

Também bem localizado, encontra-se o Maschsee, um lago artificial de 78 hectares onde pode passear pelas suas margens e apreciar a arte pública lá exposta.

Hannover também abriga uma magnífica coleção de edifícios históricos e coleções de várias outras coisas que vão despertar o seu interesse cultural. Tanto a antiga câmara municipal como a nova são bonitas e há também alguns museus maravilhosos. O Luftfahrtmuseum conta com uma coleção maravilhosa iniciada por um entusiasta da aviação que resgatou vários Junkers caídos no fundo de um lago no Círculo Polar Ártico. O museu tem agora 36 aeronaves e centenas de modelos.

Se gosta mais de arte, o museu Sprengel tem uma das melhores coleções e arte moderna da Europa: há peças de Picasso, Paul Klee, Andy Warhol e Max Ernst. Para os amantes da história, o Historisches Museum oferece um olhar profundo sobre o passado complexo de Hannover.

Auckland, Nova Zelândia

Auckland, Nova Zelândia
Auckland, Nova Zelândia créditos: Pixabay

Cada vez mais vista como um paraíso para os amantes da comida, Auckland tem uma excelente oferta de bares e restaurantes. Quem vem a Auckland, vem por causa do porto reluzente, da bela paisagem montanhosa que a rodeia e devido à simpatia dos seus habitantes. Quem visita a cidade pode ainda dar uma volta ao mundo através da gastronomia. Do outro lado da água, na Austrália, Sydney e Melbourne estabeleceram-se como potências culinárias. Para o site Kiwi, Auckland poderá em breve competir com as duas.

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Se for até ao badalado bairro Ponsonby, vai encontrar de tudo, desde lugares como Orphan’s Kitchen, com pratos que fazem referência à cozinha tradicional Maori e que conta com um pátio ao ar livre onde os clientes podem ver o pôr-do-sol ou o The Blue Reeze que junta sabores da China e do pacífico (pratos picantes e cocktails de rum).  O restaurante Prego vai saciar os seus desejos italianos e o Saan é perfeito para quem quer se aventurar pelo comida de rua tailandesa. Já a Miss Moonshine serve carne de origem local, mas também o clássico churrasco americano.

Se é apologista do “do it yourself”, visite o La Cigale Frenck Market, situado no subúrbio histórico de Parnell. Aqui poderá comprar frutas, legumes, mel, pão fresco, massas frescas, carnes curadas, azeites, chás, cafés e chocolate. Depois de se abastecer, poderá ir até One Tree Hill e para o vizinho Cornwall Park para fazer um piquenique ou um churrasco. Há trilhos para caminhadas e parques infantis.

Aproveite também para conhecer um dos parques regionais próximos, o Tawharanui Regional Park, que fica a cerca de uma hora e meia de carro da cidade e é um must see: zonas húmidas, praias de areia branca e ondas para quem gosta de fazer surf.

Viena, Áustria

Viena, Áustria
Viena, Áustria créditos: Pixabay

Nesta cidade austríaca encontra várias lojas que vendem roupas de segunda mão e roupas novas inspiradas em modelos de fim de século e nos anos 50 e 60. Em Viena poderá passar dias a explorar mercados, lojas e boutiques e comprar por uma pechincha peças de roupa, algumas joias ou sapatos que de facto não encontrará noutro lugar.

Explore lugares como a Bootik 54, uma loja que tem saldos com regularidade e que vende roupa por peso (normalmente 10 euros por quilo). No outro extremo da escala, encontra-se a loja Polyklamott, curada por uma equipa de especialistas em roupas vintage e estudantes de moda. Aqui encontra peças exclusivas e, segundo o Kiwi, aqui a palavra de ordem é qualidade.

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Para além de vestuário, há lojas de móveis e outros objetos. Aberta apenas quatro horas ao sábado, a Design 1900-2000 é um lugar a visitar para quem procura candeeiros dos anos 50, móveis estilo art déco e arte gráfica da virada do século. Carla é um armazém de antiguidades com uma vasta gama que se ramifica no campo de brinquedos, instrumentos musicais, roupas e móveis.

No lendário mercado Nasckmarkt encontra desde cabeças de alce, guarda-chuvas antigos até caixas de saxofone. Este mercado funciona todos os sábados a partir das 06h30 e conta com mais de 400 comerciantes. Se visitar Viena, lembre-se de deixar espaço na mala, afinal, ninguém deixa a cidade de mãos vazias.

Gotemburgo, Suécia

Gotemburgo, Suécia
Gotemburgo, Suécia créditos: Pixabay

Gosta de metal? Então Gotemburgo chama por si. E não é só por causa da cena musical, mas porque a sua indústria - especialmente a siderúrgica e a Volvo - dá bastante à cidade, tornando-a única.  Apesar da influência industrial, a cidade é ambientalmente consciente e muito verde.

É uma cidade boa para andar a pé e, entre março e dezembro, há um esquema de partilha de bicicletas.

De acordo com uma pesquisa do Hostelworld, Gotemburgo é a cidade mais sociável do mundo, ou seja, as pessoas são simpáticas e receptivas.

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Existem bons bares e restaurantes com preços acessíveis e, tal como Hannover, é uma cidade rica em espaços verdes e arte.

Um dos bairros mais populares da cidade, Haga, foi quase demolido na década de 1970. Teria sido um desastre. Hoje, a rede de ruas de Haga são o centro da regeneração urbana e da juventude na cidade.

Se tiver tempo e vontade, vá de elétrico (30 minutos) até Saltholmen, uma península voltada para o oeste, onde pode passear, nadar ou simplesmente relaxar nas rochas, enquanto observa o mar.

Harrogate, Inglaterra

Harrogate, Inglaterra
Harrogate, Inglaterra créditos: Pixabay

E para finalizar, o site Kiwi sugere um destino menos popular. Harrogate encontrou fama nos séculos XVII e XVIII como cidade termal, atraindo a elite e a realeza de toda a Europa. As águas sulfurosas foram consideradas um excelente tratamento para muitas das doenças da época. Hoje, a Harrogate Pump Room abriga um museu sobre este período específico da história da cidade.

Harrogate é conhecida por ser imponente e amigável. Desde 2013 que tem vindo a ser eleita como o lugar britânico mais feliz para se viver. Esta é uma cidade de antiguidades e salões de chá; de spas e sinfonias; com a graça e vegetação.

Depois de uma manhã à procura de pechinchas nas lojas de antiguidades, pode, por exemplo, fazer um tratamento de spa turco. Também pode passar o dia no castelo Ripley, onde as visitas guiadas mostram um lugar com todos os clichês de uma mansão inglesa, que incluem passagens secretas, um esconderijo para um padre reticente e armaduras impressionantes.

Não deixe de visitar o Betty’s Tea Room. Se lhe apetecer tomar um chá à tarde e uma fatia de bolo, este é lugar perfeito. É um pouco caro, mas é algo que só vai fazer uma vez na vida.

A cidade tem também uma boa reputação gastronómica. O Montpelier Quarter tem bons restaurantes e cafés. Lugares como o Major Tom’s Social têm cervejas artesanais e pizzas preparadas em forno a lenha, enquanto no Deano's Graze and Grill, cada cliente escolhe vários pratos para petiscar, entregues de forma aleatória em vários momentos ao longo da refeição principal. É tranquilo, inventivo e interessante. No fundo, como Harrogate.