BUENOS AIRES: O QUE FAZER EM 48 HORAS
Em Buenos Aires, a palavra paixão nunca soa a exagero. Vai encontrá-la na comida, nas pessoas, na música e no vinho. A cidade tem 48 bairros vibrantes, por isso pode começar a sua viagem por conhecê-los.
As casas de chapa ondulada de La Boca são pintadas com cores primárias, enquanto que em El Caminito poderá assistir a atuações improvisadas de tango na rua. Em San Telmo, os entusiastas por antiguidades examinam o mercado de domingo ao longo da Calle Defensa.
Prenda-se no passado da cidade substituindo os museus por uma visita ao Cementerio de la Recoleta. Existem milhares de túmulos ornamentados e mausoléus, 70 dos quais foram declarados monumentos históricos. Depois passe a tarde a explorar a coleção impressionante do Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires que está disposta cronologicamente para facilitar a compreensão dos diversos movimentos artísticos do continente.
Salte os shows glamourosos no centro e vá até a uma milonga (noite de dança). Aprenda os passos básicos numa aula da La Catedral antes de se misturar com os habitantes locais.
Onde ficar
Para o melhor dos hotéis boutique, siga até ao bairro Palermo. Fique no Casa Sur Palermo e dê por si rodeado por papel de parede geométrico e por cadeiras de Acapulco. O Home Hotel é dedicado ao design ecológico. Relaxe nas espreguiçadeiras, à beira da piscina aquecida pela energia solar.
Os quartos temáticos do Legado Mítico celebram a diversidade histórica da Argentina. Escolha a lenda do tango Carlos Gardel para vermelhos românticos e uma guitarra suspensa na parede, ou o escritor Jorge Luis Borges, para uma minibiblioteca só para si. Do outro lado da cidade, o Mio Buenos Aires garante uma estadia serena. Passe pelas portas feitas de barris reciclados e entre nos quartos cujas banheiras de madeira foram esculpidas à mão.
Onde comer e beber
Não é segredo nenhum que os carnívoros se sentirão em casa; há uma parrilla (grelha) em praticamente todas as esquinas. O Don Julio é uma referência que serve cortes de todas as partes da vaca e grandes copos de malbec. No La Brigada o bife malpassado é tão tenro que os empregados de mesa o fatiam com uma colher. Experimente o menu degustação de cinco pratos na Casa Felix – só recebe a morada quando fizer a reserva, mas pode ficar descansado que a comida vai ser sensacional. O I Latina começou como um puerta cerrada e é agora um local permanente que serve pratos como ceviches cítricos com manga verde e coco. Buenos Aires está cheia de amantes da noite e a maioria dos restaurantes só abre às 21h.
Dica de viagem
Os argentinos são os melhores jogadores de pólo do mundo. Veja os atletas de topo em ação no Campo Argentino de Palmero, de setembro a dezembro.
LIMA: O QUE FAZER EM 48 HORAS
A capital peruana é um local de cozinha única e aromática e uma comunidade multicultural rica e vibrante. O ceviche é o prato nacional peruano e até há um dia nacional (28 de Junho) para celebrar este prato de peixe cru curado.
Em Lima não precisa de guarda-chuva – é oficialmente a segunda capital mais seca do mundo e as temperaturas amenas permitem explorar a cidade durante todo o ano.
Siga os aromas fortes até à baixa da cidade, onde os vendedores de rua são especializados em anticuchos (kebab) e há mais de 4.000 restaurantes Chifa (peruano-chinês) para descobrir.
A ‘Cidade dos Reis’ é uma metrópole em crescimento, cercada pelo mar, e marcada por templos e arranha-céus, onde predomina a arquitetura colonial pré-colombiana.
No Parque Central JFK, no mercado de Miraflores, as aulas de aeróbica para o público em massa misturam samba com salsa. A praia de Chorrillos é o local perfeito para fazer um piquenique ao som dos músicos na Plaza Mayor.
Onde ficar
Os vários internacionais – Hilton, Marriott e Belmond – estão situados em Miraflores. O Atemporal é um pequeno alojamento com nove quartos e onde a sua estadia começa com Ricardo a recebê-lo à entrada com um cocktail. Apareça durante a hora do almoço e terá bolos e sanduíches à sua espera na biblioteca. Um mini serve de shuttle, para dar a conhecer Miraflores e Barranco gratuitamente, e os hóspedes têm acesso a um hotspot 4G para os seus telemóveis, para que possam contactar a receção do hotel de qualquer parte da cidade. O Hotel B está no distrito mais moderno de Barranco. Aloja uma coleção de arte única e os seus quartos sensuais e elegantes, que abrem para um lounge privado, parecem distanciados da movimentação exterior da cidade. O histórico Country Club Lima Hotel na área mais sofisticada de San Isidro, combina a elegância clássica com o conforto moderno. Os seus 83 quartos possuem casas-de-banho palacianas e cortesias atuais, como carregadores de iPod e televisores plasma.
Onde comer e beber
Aqui, vai encontrar nove dos 50 melhores restaurantes da América Latina. Porém, nem todos são adeptos da cozinha novoandian (nova andina) que colocou Lima no mapa gastronómico mundial. O Astrid y Gastón serve como padrão culinário. O seu proprietário, Gastón Acurio, lidera vários restaurantes nesta cidade. O La Mar é um deles, acolhendo os clientes da classe média que aparecem para tomar um pisco sour ou uma cerveja artesanal enquanto esperam um lugar. Peixes de todos os feitios e tamanhos vão chegando com apresentações simples, apenas grelhados, ou mais complexas, mas as porções são gigantescas.
Para uma refeição extraordinária, o Fiesta Chiclayo Gourmet oferece os sabores do Norte do Peru. O Isolina possui toda a essência de Peru colonial. O seu seco (um estufado escuro de carne de vaca) é rico e suficientemente grande para duas pessoas. Partilhar os pratos servidos em travessas de loiça é a forma ideal para provar as especialidades. O Central está cheio de surpresas. Espere pratos com nomes como Cascas de Árvore, Aranhas numa Rocha, Escamas Selvagens e Solo Marinho. O chef Virgílio Martinez esquadrinha a sua terra natal em busca de ingredientes comestíveis e depois encontra maneiras de os exibir nos seus pratos.
Dica de viagem
Aos domingos, 6km da Avenida Arequipa, uma das principais da cidade, ficam exclusivamente para peões, facilitando a visita às suas atrações.
Artigo originalmente publicado na revista Food and Travel Portugal
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