A primeira dica para umas 24 horas bem sucedidas em Barcelona é escolher um hotel ou outro tipo de alojamento num local central como a Plaça de Catalunya que vos permita começar a explorar a cidade bem cedo sem perder tempo com grandes deslocações e transportes.
A Plaça de Catalunya é uma das maiores praças de Espanha e constitui o ponto de união entre o centro antigo e o mais moderno distrito de Eixample. Algumas das principais artérias da cidade, como Las Ramblas, o Paseo de Gracia, a Rambla de Cataluña, a Avenida de Portal del Ángel, a Rua Pelayo ou as rondas de Universidad e Sant Pere, partem daqui. Não há por isso melhor lugar para começar.
A partir da Praça, subam a pé a Avenida Passeig de Gràcia. Logo aqui encontram quatro exemplos da extraordinária arquitetura de Barcelona: A Casa Lleo i Morera, de Luis Domenech i Montaner, depois a Casa Amatller, de Puig y Cadalfach, e por fim as surpreendentes Casa Batlló e Casa Milà de Antoní Gaudi.
Tomem o pequeno almoço no Café Faborit, na Casa Amatller (a entrada fica na lateral da Casa Batlló). Abre às 08:30 da manhã, é um espaço bonito, cheio de charme e serve um chocolate quente delicioso!
Para poupar tempo, considerem comprar o Barcelona Pass e entrada para várias atrações. A partir da Casa Milà, por exemplo, podem entrar no bus turístico (linha azul) e descer na Sagrada Família, um dos ícones de Barcelona. Também podem ir a pé seguindo pela Calle de Provença, Avinguda Diagonal e Calle de Mallorca — da Casa Milà até à Sagrada Família são cerca de 20 minutos.
Mesmo quem não é religioso vai ficar sem fôlego ao se deparar com a obra maior de Gaudí. Embora não esteja terminada, a Sagrada Família é uma exuberante catedral carregada de simbolismo e expoente máximo da arquitetura modernista. As filas para entrar são enormes, por isso, se decidirem não comprar o Barcelona Pass, optem por adquirir os bilhetes on-line para não perder meia hora ou mais à espera.
A vossa próxima paragem deve ser o Parque Güell onde vão poder continuar a apreciar o génio de Antoní Gaudi e descansar um pouco. Podem ir no hop-on hop-off (linha azul) ou apanhar o metro na estação Sagrada Família e sair em Vallcarca (tem de mudar da linha azul para a linha verde na estação Diagonal).
Também convém comprar bilhetes on-line para o Parque Güell porque as filas são grandes (se tiverem o Barcelona Pass, a entrada está incluída).
O Parque Güell é um enorme jardim com peculiares elementos arquitetónicos, declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1984. Deve o seu nome a Eusebi Güell, um rico empresário apaixonado pelas obras de Gaudí e o seu principal mecenas.
O ponto central do parque é uma grande praça com vista para a cidade na qual se encontra um banco de 110 metros de longitude, com aparência de uma serpente coberta por pequenos pedaços de cerâmica, mas não é só. Por todo o lado há pontos de interesse: colunas com aspeto de árvores, formas onduladas, figuras de animais, formas geométricas, casinhas que parecem saídas de um conto de fadas… um verdadeiro universo de fantasia e encantamento!
Próxima paragem: Barri Gotic — saindo do Park Güell apanhem novamente o hop-on hop-off e regressem à Plaça de Catalunya (ou em alternativa apanhem o metro na estação Vallcarca e saiam na estação Liceu). O Barri Gotic (Bairro Gótico) é a parte mais antiga de Barcelona e fica a poucos passos da Plaça de Catalunya e de Las Ramblas. É uma área movimentada, com edifícios históricos, ruas estreitas e uma bonita arquitetura medieval.
Conta com várias atrações turísticas das quais se destacam a Catedral de Santa Eulalia, também conhecida como la Seu ou Catedral de Barcelona; o El Call que guarda vestígios do antigo bairro judeu e a Plaça Sant Jaume, centro político da cidade, que abriga a Câmara Municipal e o Palácio da Generalitat de Barcelona.
Depois de explorar o Bairro Gótico, deem um passeio por La Rambla, uma das principais vias e um dos lugares mais conhecidos da cidade. Las Ramblas estão cheias de artistas de rua e restaurantes com esplanada onde podem aproveitar para almoçar, mas é uma experiência mais catalã comer no Mercado Boqueria, o mercado local mais antigo de Barcelona, onde se vende de tudo desde sumos de frutas a carnes fumadas (como o mundialmente famoso jamón ibérico), passando por paellas e sobremesas.
Com o estômago cheio, continuem a percorrer La Rambla até chegarem ao Monumento a Colombo. A coluna de 60 metros de altura com o explorador do Novo Mundo no topo.
Daqui podem apanhar o hop-on hop-off (linha vermelha) até Montjuïc ou ir de metro (estação Drassanes até à estação de metro Paral-lel e depois apanhar o funicular até Montjuïc).
Os trabalhos realizados para a Exposição Universal de 1929 e os Jogos Olímpicos de 1992 fizeram de Montjuïc uma zona muito interessante com vários museus e outras atrações. Destacam-se aqui a Fonte Mágica de Montjuïc; o Museu Nacional de Arte da Catalunha; a Fundação Joan Miró e o Poble Espanyol — espaço que reproduz com exatidão 117 edifícios, ruas e praças de toda a Espanha.
Conhecida pelas suas praias, Barceloneta tem ruas muito agradáveis e peculiares, cheias de edifícios antigos, alguns com quase 200 anos. A zona do bairro mais próxima ao mar é mais moderna, mas ainda conserva as tradições antigas e ao cair da tarde é possível contemplar a chegada dos barcos pesqueiros que descarregam os seus produtos.
Há muitos restaurantes onde podem jantar, mas uma aposta segura é o Restaurante Torre d'Alta Mar (Pg. de Joan de Borbó, 88), localizado na torre do teleférico do antigo porto.
Terminem a noite com um cocktail no Bar Eclipse (W Hotel - Plaça Rosa Del Vents 1, Final, Pg. de Joan de Borbó) e despeçam-se de Barcelona em grande aproveitando as vistas do 26º piso.
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