Na segunda edição, o festival que promete abrir portas encerradas, volta a dinamizar Leiria a partir de uma das artérias históricas da cidade, a rua Direita, com um programa que envolve duas centenas de artistas em performances que ocupam lojas e casas, muitas delas habitualmente fechadas.
Os dois primeiros dias são reservados aos jantares temáticos, que juntam 75 participantes em quatro casas particulares e um hostel. Depois, até dia 04 de junho, a atividade desenvolve-se na rua Direita, Praça Rodrigues Lobo, Jardim Luís de Camões e Parque da Cidade.
"Queremos trazer coisas novas e queremos surpreender", conta à agência Lusa Guilherme Garrido, um dos elementos da organização do festival, responsabilidade do coletivo Meia Dúzia e Meia de Gatos Pingados e da Preguiça Magazine.
Dois anos depois da primeira edição, A Porta vai tentar ser "maior e melhor" e pela primeira vez vai remunerar os artistas participantes, "nem que seja com um cachê simbólico".
"Maior já conseguimos que seja, com mais oficinas para crianças, mais artistas plásticos e mais concertos. Melhor, esperamos conseguir fazer", diz o organizador.
Entre os destaques, há os concertos dos Twin Transistors,Surma, Whales ou Les Enfants Terrible, que vão mostrar a dinâmica da música de Leiria. De fora surgem Keep Razors Sharp, Ana Deus, Cave Story e outros nomes.
Depois há a Casa Plástica, onde há uma semana alguns dos 30 artistas que vão expor no edifício de 1.100 metros quadrados desenvolvem residências artísticas.
"É muito bonito ver uma casa desocupada ganhar vida por pessoas que nunca antes estiveram juntas e que estão a montar ali uma exposição coletiva", sublinha Guilherme Garrido.
Abrir portas habitualmente fechadas é o mote para o festival e, como a Casa Plástica, outras casas e lojas da zona histórica de Leiria vão ganhar vida durante o festival com propostas criativas.
Numa delas, por exemplo, funcionará "Porta para a China", em que um grupo de alunos chineses a estudar em Leiria recriarão um conjunto de tradições do seu país.
Depois da surpresa de 2014, que atraiu milhares de pessoas ao centro histórico de Leiria, A Porta espera repetir o momento, mas em melhor.
"É bom saber que há uma cidade que está sequiosa de ser atravessada com novos estímulos artísticos e ser confrontada com novas manifestações. Gosto de pessoas curiosas, que se atiram ao desconhecido. Há uma bravura que me fascina", assume Guilherme Garrido.
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