Qualquer pessoa que tenha viajado de avião já se questionou sobre a qualidade do ar que se respira a bordo e se, por estarmos num ambiente fechado, estamos mais suscetíveis a apanhar doenças.
A resposta é sim, uma vez que existem uma série de fatores numa cabine de avião que podem aumentar o risco de contágio ou, até, enfraquecer o nosso sistema imunitário, contribuindo para ficarmos doentes mais facilmente, entre estes fatores estão: o contacto com outros passageiros doentes, o toque em superfícies contaminadas, as diferenças de temperaturas ou o ar mais seco e a pressão reduzida dentro da cabine. No entanto, estes fatores já existiam antes da pandemia do COVID-19 e são levados em conta pelas companhias aéreas que tentam minimizá-los.
Para começar, os aviões utilizam filtros para o ar com a tecnologia HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) que, como o nome indica, são eficientes em filtrar partículas, evitando a propagação quase total de bactérias e vírus através do ar - estes filtros também são usados em hospitais, por exemplo. Na maioria dos aviões, o ar é filtrado e reciclado, sendo, por isso, seguro no que toca à transmissão de doenças.
Talvez o maior risco nesse momento seja mesmo o contacto com pessoas que já estejam infetadas com o COVID-19 sendo, por isso, imprescindível seguir as recomendações de saúde e higiene já amplamente divulgadas. Lavar as mãos com frequência, garantir uma cobertura segura (com os braços ou lenços que devem ser descartados) aos espirros e à tosse, evitar tocar na cara e evitar a interação social estão entre as medidas mais importantes a seguir em qualquer circunstância, inclusive numa viagem de avião.
Face à situação de pandemia, as companhias aéreas estão a ter cuidados redobrados na limpeza e na higienização das cabines, bem como de todos os objetos que circulam no interior dos aviões. Algumas medidas adotadas incluem: maior limpeza e desinfeção de todas as superfícies nas quais os passageiros têm contacto, limpeza mais profunda dos aviões entre voos, desinfeção dos aviões após os voos, troca de filtros de ar e uso de luvas por parte dos membros da tripulação.
Caso haja algum passageiro com sintomas de COVID-19 a bordo, existem instruções de limpeza e desinfeção mais apertadas nas áreas à volta deste passageiro (2 metros). De acordo com este artigo da Lonely Planet, quando se regista um passageiro com sintomas a bordo, a aeronave em questão pode ser retirada de serviço para passar por uma limpeza e desinfeção especial.
Se quer assegurar a máxima limpeza do seu espaço a bordo, pode seguir estas três dicas, deixadas neste artigo do New York Times:
- Mantenha as mãos limpas e pare de tocar na face
- Escolha um lugar junto à janela (de acordo com um estudo realizado durante a época da gripe, o lugar mais seguro do avião para evitar o contágio é à janela)
- Desinfete as superfícies que terá contacto, como os braços da cadeira, a fivela do cinto de segurança, o ecrã de entretenimento e o bolso do assento
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