Em julho, os hóspedes tinham progredido 10,8% e as dormidas 7,7%, sendo que, no acumulado dos oito primeiros meses do ano, o aumento é de 9,4% e de 8,9%, pela mesma ordem.
Segundo o INE, em agosto o mercado interno (2,5 milhões de dormidas) decresceu 3,3%, interrompendo a tendência crescente (+3,0% em julho e +8,5% em junho), enquanto os mercados externos (5,0 milhões de dormidas) desaceleraram “ligeiramente” face aos dois últimos meses (+7,7% face a +9,8% em julho e em junho).
No período de janeiro a agosto as dormidas de residentes aumentaram 4,3% e as de não residentes 10,9%, sendo que as dormidas em agosto representaram 23,5% do total acumulado (-1,9 p.p.) no caso dos residentes e 18,9% do total (-0,6 p.p.) no que respeita aos não residentes.
No mês em análise, a estada média aumentou “ligeiramente” (+0,4%, para 3,21 noites), ao contrário dos decréscimos dos últimos dois meses (-2,8% em julho e -0,7% em junho), mas no período de janeiro a agosto a evolução mantém-se negativa (-0,4%; 2,86 noites).
Também os resultados da taxa líquida de ocupação-cama (+0,1 p.p. que no mesmo mês do ano anterior; 73,5%) ficaram aquém do mês precedente (+2,0 p.p.; 64,9%) e também do período acumulado de janeiro a agosto (+2,2 p.p.; 50,3%).
Em agosto, os proveitos abrandaram, mas ainda assim registaram “acréscimos assinaláveis”, tendo-se os proveitos totais fixado em 442,8 milhões de euros e os de aposento em 343,5 milhões de euros, mais 11,9% e 13,4%, respetivamente.
Resultados que, segundo o INE, ficaram aquém quer dos de julho (+18,3% e +19,0%), quer dos do período acumulado de janeiro a agosto (+15,9% e +17,0%) e que confirmam a “tendência de evolução dos proveitos em termos superiores aos hóspedes e dormidas”.
Os proveitos aumentaram “significativamente” em todas as regiões, mas com um “desaceleração generalizada”, tal como ocorrido com as dormidas.
No mês em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 77,9 euros (+9,9%), situando-se nos 44,2 euros (+12,6%) nos primeiros oito meses do ano.
Em agosto, o INE reporta que as dormidas aumentaram “expressivamente” nos aldeamentos turísticos (+8,5%) e salienta ainda os acréscimos nos hotéis-apartamentos (+6,2%) e nos hotéis (+5,6%), que concentraram 14,9% e 63,9% das dormidas, respetivamente.
Já os apartamentos turísticos mantiveram a evolução negativa que se verifica desde junho, tendo recuado 7,9% em agosto.
Numa análise por mercados emissores de turistas, verifica-se que a evolução dos 13 mais representativos foi “globalmente positiva”, tendo-lhes correspondido uma quota de 88,8%, igual à de agosto de 2015.
O Reino Unido (22,7% das dormidas de não residentes) apresentou um acréscimo de 8,2%, superior ao de julho (+6,8%) e junho (+7,8%), mas inferior ao acumulado de janeiro a agosto (+11,3%).
O mercado espanhol “desacelerou fortemente” (+1,4% face a +11,5% em julho), reduzindo a sua representatividade de 18,2% em agosto de 2015 para 17,1% em agosto de 2016, mas nos oito primeiros meses do ano aumentou 10,0%.
Em desaceleração estiveram também a Alemanha (subiu 3,9%, bastante aquém dos +13,1% do mês anterior e dos +9,6% do acumulado de janeiro a agosto) e a França (+3,6%, face a +18,2% em julho, +24,8% em junho e +14,9% no acumulado até agosto, tendo-se a quota destes mercados situado nos 10,2% e 12,6%.
Pelo contrário, o mercado holandês apresentou um “expressivo acréscimo em aceleração” (+22,5% face a +1,1% em julho e +17,2% em junho), representando 6,2% do total, superando também o aumento dos oito primeiros meses do ano (+13,3%).
O INE refere ainda as evoluções dos mercados suíço (+23,0%) e norte-americano (+21,4%), assim como a “notável recuperação” do mercado brasileiro (+19,4% face a -0,5% em julho) e o desempenho do mercado sueco (+18,2%), que registou o crescimento mais acentuado desde 2015.
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