O número de hóspedes do Reino Unido em Portugal “desacelerou significativamente” em setembro, verificando-se um aumento de 2,4%, após um crescimento de 9,5% em agosto, ao passo que os turistas franceses registaram um “aumento expressivo” de 23,4%.
De acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os 13 principais mercados emissores de turistas para Portugal representaram 86,9% das dormidas de não residentes (86,5% em setembro de 2015), com França a destacar-se pelo “aumento expressivo” (+23,4%), que superou “largamente” o do mês anterior (+6,2%) e se aproximou do de junho (+24,8%). Como resultado, o peso relativo deste mercado aumentou 1,4 p.p., para 10,5%.
Já o Reino Unido teve um peso relativo de 26,1%, mas “desacelerou significativamente”, registando um aumento de 2,4% face a crescimentos de 9,5% em agosto e 6,8% em julho. Nos primeiros nove meses do ano este mercado cresceu 10,0%.
Em desaceleração esteve também a Alemanha, com um aumento de 2,5% que compara com subidas de 3,4% em agosto e de 13,1% em julho, o que levou a representatividade deste mercado a recuar de 14,5% em setembro de 2015 para 13,9% no mesmo mês de 2016.
Quanto ao mercado espanhol (8,8% das dormidas de não residentes), aumentou 8,1%, acima do mês anterior (+3,0%), mas ainda aquém do conjunto dos primeiros nove meses do ano (+10,3%), e os Países Baixos (+10,5%, correspondendo a 5,9% do total) desaceleraram face a agosto (+21,7%) e ficaram abaixo do acumulado até setembro (+12,8%).
Ainda “de realçar” são as subidas do mercado brasileiro (+19,8%), norte-americano (+12,3%) e belga (+12,1%), tendo a Suécia sido o único dos principais mercados a recuar (-2,1%).
As dormidas e os proveitos da hotelaria portuguesa mantiveram em setembro um “crescimento acentuado”, de 6,5% e 16,5% homólogos, respetivamente, tendo registado 2,1 milhões de hóspedes e 5,9 milhões de dormidas, o que representa crescimentos homólogos de 7,5% e 6,5%, superiores aos de agosto (+3,6% e +4,2%).
Em setembro, o mercado interno (+4,9% de dormidas) recuperou face ao mês anterior (-2,9%), enquanto o crescimento dos mercados externos (+7,2%) ficou “ligeiramente aquém” de agosto (+8,2%).
Numa análise das dormidas nas várias regiões do país, em setembro manteve-se a tendência de aumento generalizado dos últimos meses, nomeadamente nos Açores (+17,6%), Alentejo (+12,4%) e Centro (+12,1%).
Os principais destinos foram o Algarve (37,7% das dormidas), Lisboa (22,3%) e Norte (12,4%), mas Lisboa reduziu o seu peso relativo em 0,8 pontos percentuais e apresentou o menor crescimento (+3,1%) entre as regiões.
A evolução das dormidas de residentes foi também “globalmente positiva”, com realce para os Açores (+15,2%), Alentejo (+15,1%) e Madeira (+14,2%).
No Algarve as dormidas pouco oscilaram (+0,3%), permanecendo esta como a primeira escolha do mercado interno (29,8% das dormidas), mas com redução de quota (31,1% em setembro de 2015), seguido do Norte (18,5%) e Centro (18,1%).
Em termos de dormidas de não residentes, os Açores registaram o maior aumento (+19,0%), secundados pelo Centro e Norte (+12,2% e +11,7%, respetivamente).
O INE nota ainda que a evolução das restantes regiões foi “também positiva, mas de menor expressão”, nomeadamente em Lisboa (+3,6%) e na Madeira (+4,2%).
Tal como em setembro de 2015, os destinos de preferência dos mercados externos foram o Algarve (40,7%), Lisboa (24,3%) e Madeira (14,1%).
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