Os dados preliminares da “Atividade Turística” do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados referem que no ano passado os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 27,0 milhões de hóspedes e 69,9 milhões de dormidas, a que corresponderam aumentos anuais de 7,3% e 4,1%, respetivamente (+5,3% e +3,2% em 2018).

As dormidas dos residentes abrandaram em 2019 para um crescimento de 6,2% (+6,9% em 2018), somando 21,1 milhões, enquanto as dos não residentes aceleraram para um crescimento de 3,3% (+1,8% em 2018), representando 69,9% do total das dormidas (70,4% em 2018), num total de 48,8 milhões.

Em comunicado, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, considera que estes “máximos históricos” traduzem um crescimento sustentável, dada a “redução contínua dos níveis de sazonalidade, ao mesmo tempo que o setor consolida a posição de maior atividade exportadora do país”.

“O turismo em Portugal continua a crescer nas vertentes interna e internacional e a ritmo bastante superior ao crescimento da procura mundial. Os resultados também continuam a demonstrar uma clara tendência de diversificação de mercados, com crescimentos exponenciais nos EUA e na China”, refere Rita Marques.

Por outro lado, acrescenta, o setor emprega hoje mais de 400 mil pessoas, correspondente a 9% do total do emprego nacional, sendo “uma atividade que se estende por todo o território, ao longo de todo o ano, pelo que a atração de recursos qualificados para esta atividade reveste uma prioridade”.

Considerando a evolução nos últimos anos, o INE constata que entre 2014 e 2019 as dormidas de residentes aumentaram 41,0% e as dos não residentes subiram 44,7%, tendo neste período a representatividade dos não residentes nas dormidas totais progredido de 69,3% em 2014 para 69,9% em 2019, atingindo o seu maior peso em 2017 (71,4%).

Em 2019, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico aumentaram 7,3% e os de aposento 7,1%, abrandando face aos crescimentos de 8,3% e de 9,3% registados em 2018.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou 2,0% para 49,4 euros (+3,8% em 2018) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 88,7 euros, aumentando 1,9% (+0,8% em 2018).

O ano passado terminou com um recuo de 1,8% na estada média (-0,4% para os residentes no país e -4,5% para os estrangeiros), para 2,23 noites, tendo a taxa líquida de ocupação-cama diminuído 0,6 pontos percentuais, para 47,4%.

O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor em 2019, representando 19,2% das dormidas de não residentes, com os hóspedes britânicos a aumentarem 5,9% (-2,7% em 2018) e as dormidas a crescerem 1,5% (-5,4% em 2018).

Os maiores crescimentos registaram-se, contudo, nos mercados norte-americano (+20,2%) e chinês (+16,0%), enquanto as dormidas de brasileiros subiram 13,5% e as de espanhóis aumentaram 7,4%.

Em quebra estiveram os mercados alemão (-6,7%) e francês (-1,3%).

Segundo o INE, a sazonalidade “baixou ligeiramente” em 2019, embora, como habitualmente, os meses de verão (julho a setembro) tenham sido os que registaram maior número de dormidas (36,3% das dormidas totais, após 36,7% em 2018), tendo concentrado 38,6% das dormidas de residentes (39,5% em 2018) e 35,3% das dormidas de não residentes (35,5% no ano anterior).

No conjunto do ano de 2019 todas as regiões apresentaram aumentos nas dormidas, com exceção da Madeira (-3,7%), tendo se salientado o Norte (+9,7%), seguido do Alentejo (+7,6%) e dos Açores (+7,5%). O Algarve concentrou 30,0% das dormidas em 2019, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (26,4%).

Considerando apenas o mês de dezembro de 2019, o setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, o que corresponde a subidas de10,2% e de 8,2% (+12,6% e +7,4% em novembro, respetivamente), nas comparações homólogas.

De acordo com o INE, as dormidas de residentes desaceleraram para um crescimento de 4,6% (+14,7% em novembro) e as dormidas dos não residentes aumentaram 10,4% (+4,3% em novembro).

Em dezembro, os proveitos totais cresceram 9,6% (10,3% em novembro) e atingiram os 205,8 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento subiram 9,9% (+9,5% em novembro), correspondendo a 141,1 milhões de euros.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou 5,0% para 27,9 euros (+3,0% no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 73,3 euros, aumentando 1,6% (+0,9% no mês anterior).

A estada média (2,23 noites) reduziu-se em 1,8% (-0,4% nos residentes e -4,5% nos não residentes) e a taxa líquida de ocupação-cama (31,2%) aumentou 0,9 pontos percentuais em dezembro (+0,2 pontos percentuais no mês anterior).

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