Com 80 hectares, este maravilhoso complexo de jardins é um tesouro perdido que foi redescoberto e restaurado à sua antiga glória nos anos noventa do século passado. 

A história

Adquiridos em 1659 pela família Tremayne que cuidou da propriedade entre 1829 e 1907, os Jardins de Heligan viram a sua  história ser interrompida na primeira metade do século XX com a chegada da Primeira Guerra Mundial. A casa da família Tremayne inicialmente usada como hospital de campanha e depois como acomodação para as tropas americanas, foi abandonada junto com seus maravilhosos jardins no fim da guerra e apenas em 1990, a propriedade foi re-descoberta por um herdeiro da família Tremayne que, com a ajuda do produtor musical Tim Smit e o apoio financeiro de alguns entusiastas, conseguiu devolver ao lugar a sua antiga beleza. 

O ambicioso trabalho de recuperação foi concluído num ano e foi considerado pelo Times como "o projeto de restauração do século". 

Os Jardins Perdidos de Heligan continuam, tal como há mais de 400 anos a pertencer à família Tremayne, mas esta cedeu a exploração à empresa de Tim Smit que continua a desenvolver  o projeto e a fazê-lo crescer. A Heligan House — a casa da família, não está aberta ao público.

jardins Perdidos de Heligan
créditos: PxHere

O que há para ver em Heligan

Os Jardins Perdidos de Heligan, são hoje  considerados um dos jardins botânicos mais interessantes do Reino Unido e entre as suas inúmeras belezas destacam-se a incrível variedade de camélias e rododendros, assim como vários jardins atravessados por encantadores passadiços e românticos túneis de bambu. 

Os visitantes podem ainda admirar as sedutoras estátuas da artista Susan Hill que incluem a "Mud Girl" e a "Giant Head", duas esculturas caídas no chão e cobertas por leves camadas de vegetação que mudam de aparência e cor de acordo com as estações do ano. 

Outro destaque é a “Selva”, uma área de vegetação extensa e luxuosa, tão rica em plantas tropicais, que criou um microclima independente, 5°C mais quente que o resto dos jardins.

Jardins Perdidos de Heligan
créditos: Heligan Lost Gardens - https://www.heligan.com

No parque o visitante encontra ainda uma plantação europeia de ananás, sendo este o único local da Europa onde o ananás é cultivado usando uma técnica antiga, com centenas de anos, desenvolvida  em países de clima frio, que produz calor graças ao aproveitamento do estrume. 

Muitas espécies de animais selvagens também encontraram o seu habitat neste paraíso, principalmente raposas, lontras e aves de rapina.

Como chegar até aos Jardins Perdidos de Heligan

St Austell é a estação ferroviária mais próxima e fica a apenas 8 km dos jardins.

O visitante pode apanhar um táxi de lá para Heligan ou passar no balcão de informação ao turista, convenientemente localizado dentro da estação, para saber que autocarros o podem levar até aos jardins.

Da estação de London Paddington até St Austell, o comboio leva cerca de 4 horas.

Os Jardins Perdidos de Heligan estão abertos aos visitantes todos os dias do ano e oferecem uma experiência diferente consoante a época escolhida para a visita — as cores da primavera vão ser muito diferentes das do outono, mas a imensa beleza dos jardins nunca se altera.

No interior, para além da possibilidade de acampar, há visitas guiadas, workshops de reconhecimento de plantas comestíveis, espetáculos teatrais e outros eventos.

Os bilhetes de entrada custam 22,50 libras por adulto e são gratuitos para crianças. Estão disponíveis bilhetes para estudantes e famílias, a preços mais acessíveis.

Pode comprar os bilhetes on-line no site Lost Gardens of Heligan.

Jardins Perdidos de Heligan
créditos: Heligan Lost Gardens - https://www.heligan.com

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