O tema do artigo de hoje é a água, pois inspiro-me no perfil de fotografias e de viagens da Leonor Godinho. Comecei por pedir-lhe dicas sobre como fotografar debaixo de água. Respondeu-me prontamente que é um claro desafio e, sem darmos por isso, começámos a conversar sobre a fotografia em viagens por Portugal e fora.
Como começou a paixão de fotografar na água?
Eu acho, no seu perfil, um lindo padrão de fotos sob água e que são maravilhas. Portanto queremos saber os segredos. Antes, vamos ao início (passo a redundância): “esta paixão de fotos debaixo de água começou há uns anos, quando o Tomás [marido] me tirou uma fotografia debaixo de água, foi o ano em que saíram os primeiros telemóveis à prova de água, fiquei surpreendida com o resultado, e desde então, sempre que tenho oportunidade e tenho um local que proporciona isso mesmo, aproveito para criar algum conteúdo do género!”
Melhores destinos de fotografias aquáticas?
“Para mim todos os destinos que incluam uma piscina dão para fazer magia. Mas se quiserem fotografias debaixo de água no meio da natureza, eu diria que os rios do Gerês são uma ótima opção, água límpida e transparente, vão ficar com fotos maravilhosas!
Em relação ao mar, diria que a zona da Arrábida ou as ilhas de Olhão no Algarve (Armona, Fuzeta e Culatra) cumprem os requisitos, água cristalina e transparente.”
Verão: em Portugal ou fora?
O orgulho e patriotismo da Leonor é visível: “Eu adoro Portugal, sou orgulhosamente Portuguesa! Acho que temos um país rico, apesar de pequeno, temos muita cultura, praias paradisíacas e serras cheias de natureza, somos muito diversificados nesse aspeto! Acho que as férias em Portugal podem ser quase todos os anos diferentes.”
E enumera de Sul a Norte do país, destacando preferências: “Sou apaixonada pelo Algarve e pelas suas praias, embora a costa vicentina também possua das melhores praias deste país! O norte está carregado de natureza, desde os trilhos verdejantes às cascatas do Gerês.”
E as ilhas?
Claro: “a Madeira é uma espécie de Hawai europeu, e os Açores então nem se fala, são mágicos.” Ora vão conferir as fotografias da simpática Leonor.
Depois da paixão (aliás, duas paixões simultâneas que aqui encontramos pois é um casal muito parceiro nas viagens), veio outra: a edição de fotografia debaixo de água. Ela apresenta-nos o antes e o depois.
Como tirar as melhores fotografias debaixo de água
Dicas na voz da própria Leonor Godinho, enquanto está a fechar as malas para uma viagem, agora, a Cuba: “Só costumo fotografar debaixo de água quando há sol, de preferência entre as 11h e as 15h, isto para aproveitar o máximo de luz possível e tornar a foto mais nítida, sendo mais fácil de trabalhar na edição!”
Além das horas, será que sabe como proteger a sua lente? Ela ajuda-nos a perceber: “limpar muito bem as lentes, tanto do telemóvel, como da Gopro, como o vidro do Dome. Nós tocamos no nosso telemóvel milhares de vezes por dia, incluindo nas lentes, deixando sujidade, gordura, que só com água não fica limpo, podendo fazer com que as vossas fotografias fiquem baças ou desfocadas, portanto, antes de tudo, limpar as lentes, sempre!”
Gostei muito da dica seguinte e que é um conselho de bom viajante: pede que estejamos divertidos e relaxados enquanto captamos imagens sob a água, pois “é difícil controlar o nosso corpo, as poses e a respiração ao mesmo tempo, portanto, relaxar e usufruir do momento é a maneira mais fácil de obter os melhores resultados. Quanto mais rígido o vosso corpo estiver mais se vai notar na fotografia!”. Confirmo eu, que já tentei e fiquei com o pescoço numa lástima numa das minhas viagens.
Ela alerta, claro, que água límpida auxilia aos bons resultados nas fotos. Melhor conselho para isto: piscinas e não fotografar tanto no mar.
Ora vamos mergulhar, então, na galeria portuguesa da Leonor pois estas viagens continuarão no próximo artigo. Sabe que máquinas e técnicas utilizar? Então será tudo desvendado.
Um beijinho, do Mundo.
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