É também dos mais antigos. 
Trabalhos arqueológicos apontam para a sua criação no neolítico, entre o 6º e o 3º milénio a.C. e foi edificado em várias etapas. Alguns dos menires têm ainda gravuras rupestres mas a maioria são quase imperceptíveis.

Os menires foram descobertos em meados do século passado e estavam deitados. Foi em 1964 quando Henrique Leonor Pina fazia o levantamento da Carta Geológica de Portugal.

Cromeleque dos Almendres
Cromeleque dos Almendres alinhados na encosta créditos: Who Trips

Este investigador fez outras descobertas do património megalítico na região de Évora e conta nesta interessante entrevista o modo como se relacionava com as populações locais, que lhe davam a conhecer pistas de locais com eventual interesse arqueológico.

Através dos trabalhos arqueológicos realizados alguns anos depois, percebeu-se como os menires estavam alinhados, em forma de elipse, e foram colocados nessa disposição ao longo de uma colina, voltados a nascente.

Cromeleque dos Almendres
Está classificado como monumento nacional, créditos: Who Trips

O cromeleque terá sido um lugar sagrado, é típico das comunidades agro-pastoris do neolítico, quando fizeram a transição de caçadores para povos sedentários.

No caso do Cromeleque dos Almendres, a evidência de ser um lugar sagrado ganha mais força devido à proximidade de um menir que está colocado num outro monte.

No Solstício de verão este menir, em linha de vista do Cromeleque, aponta ao nascer do sol. O que revela a organização destes elementos de pedra de acordo com os ciclos naturais e os movimentos do sol e da lua.

Menir do Monte dos Almendres
Menir do Monte dos Almendres créditos: Who Trips

O Menir do Monte dos Almendres tem a forma de um ovo alongado e está um cajado gravado em baixo-relevo na parte de cima.

Embora não se siga à risca as recomendações colocadas nos painéis que estão à entrada dos dois monumentos, muitos visitantes passeiam entre os menires, tocam nas pedras e olham com alguma surpresa para o cromeleque. 
Sem dúvida que causa uma sensação de perplexidade, de interrogação sobre os mistérios que estas pedras transmitem.

O menir e o cromeleque têm a mesma referência, de Almendres, por estarem localizados na herdade com o mesmo nome na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe. Para se aceder ao local tem de se percorrer uma estrada de terra batida. Estes até são dos lugares com melhor sinalização.

Menir do Monte dos Almendres
Menir do Monte dos Almendres créditos: Who Trips

O primeiro a descobrir é o menir. Percorre-se um caminho estreito, delimitado por duas cercas. A parte final do percurso é uma ligeira subida e quando deparamos com o menir a reação é um sorriso. Pela forma, pelo modo como está fixo no solo (estudiosos dizem que poderá ser entendido como um símbolo fálico a fecundar a terra, um elemento relevante para povos que viviam da agricultura) e porque se sente a obrigação de tocar com delicadeza numa pedra com 3,5 metros de altura.

Menir do Monte dos Almendres
Caminho para o Menir do Monte dos Almendres créditos: Who Trips

Por sua vez, no Cromeleque dos Almendres tem de se andar um pouco mais pela estrada de terra batida mas é um passeio que se faz com facilidade (água e proteção solar). Quando se chega, a paisagem dos sobreiros passa para segundo plano e no nosso olhar ganham destaque as pedras de vários tamanhos e formas alinhadas na colina.

O Cromeleque dos Almendres é dos mais visitados entre os monumentos megalíticos desta região e foi classificado monumento nacional, muito recentemente, apenas em 2015.

Os menires de Almendres inserem-se num património megalítico mais vasto que abrange a região de Évora, Montemor-o-Novo e Monsaraz.

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