Cerca de 30 estações arqueológicas ocupam uma vasta área próxima do rio Mira e a grande maioria são visitáveis, através de um circuito que mostra também uma profunda harmonia com a natureza.
Estudos arqueológicos revelam que viveram aqui sociedades muito dinâmicas, em particular na Idade do Ferro e no período islâmico.
As comunidades residentes baseavam-se na atividade agro pastoril e, em alguns momentos, na exploração mineira. Não era muito diferente da vivência no Alentejo há algumas décadas atrás.
O castro e toda a área envolvente revela também, segundo Marcelo Guerreiro, Presidente da Câmara de Ourique, que nessa época o Castro da Cola foi um dos pontos mais importantes da Península Ibérica.
Há muitos vestígios e alguns deles bem conservados e de dimensão assinalável, como por exemplo, a muralha de 330 metros de extensão que rodeia uma área de antigas habitações.
Os principais pontos a visitar são o Castro da Cola, a Igreja da Cola, o museu e o circuito que é constituído por quinze sítios arqueológicos ao longo de uma zona arborizada.
Foram desenvolvidas várias estruturas de apoio, com alojamento e um restaurante que é dos mais conhecidos no Alentejo.
Outro motivo para a visita é a romaria de Nossa Senhora da Cola, junto à A Ermida de Nossa Senhora da Cola é uma das mais antigas e importantes no Alentejo. Há registos de que já se realizava no século XVIII. O dia principal da festa é 8 de Setembro, esta sexta-feira, e é feriado municipal. Tal como sucede com o Castro também a Nossa Senhora da Cola está envolvida em lendas.
Ourique tem ainda outros motivos de visita.
Um deles é a barragem Monte da Rocha que aproveita as águas do Rio Sado e podem-se fazer desportos náuticos.
Outro ponto de visita interessante é o Miradouro de Ourique onde antes existia o Castelo. Além da paisagem e da vista da vila pode-se ver ainda uma estátua de D. Afonso Henriques.
Há ainda outro motivo de interesse relacionado com um achado arqueológico. É o Depósito Votivo de Garvão, datado do séc. IV-III a.C. É um património valioso e foi encontrado numa enorme vala em 1982 quando se realizavam trabalhos de saneamento básico. São muitos artefatos e estão relacionados com cultos religiosos.
A Câmara de Ourique reuniu todos os objetos e criou o Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão, onde estão em exposição e as visitas podem ser acompanhadas de especialistas que estão a fazer trabalhos de investigação.
Castro da Cola em Ourique - os "precursores" dos alentejanos faz parte do podcast semanal da Antena1 Vou Ali e Já Venho e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, Castro da Cola em Ourique - os "precursores" dos alentejanos, pode ouvir aqui.
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