Agora também se pode caçar mas de um forma limitada e apenas para manter o equilíbrio cinegético. D. Carlos andou muito por aqui à caça, a tirar fotografias e até ensinou os filhos a nadar num tanque.
Quem visita a Tapada pode viver algumas experiências muito semelhantes às dos reis e nobres. Pode andar a cavalo, de charrete, fazer tiro com arco e até ver falcões a voar.
A experiência mais majestosa é dormir na Casa de Campo.
É um edifício que se destaca, por ser cor de rosa. Foi construído no inicio do séc. XX e espaço não lhe falta, tem sete quartos.
Fica ao lado de um jardim e dizem que se acorda a ouvir as aves que andam nas árvores que rodeiam o alojamento.
Na Tapada há mais de 50 espécies de aves, inclusive de rapina. Há também um casal de Açor e o ninho leva a ter a esperança que a espécie pode ter mais um exemplar.
Há também uma grande diversidade de morcegos, o que aumenta a expectativa de quem optou por passar parte da noite no interior do recinto. O objectivo do programa é a observação do meio ambiente, sem ruído de luz (talvez funcione como um lugar DarkSky) e com muitas histórias que se contam sobre a Tapada e o Convento de Mafra.
Este contacto com a natureza é, talvez, o factor mais interessante para a grande maioria dos visitantes. Tal como salienta a directora da Tapada Nacional de Mafra, Paula Simões, o espaço é uma ilha de biodiversidade e preserva muito do que era a coutada quando foi criada em 1747.
Esta riqueza e diversidade só se descobre com incursões pelo interior, não é como no jardim zoológico. Aqui os animais não estão à nossa espera, estão em liberdade e no seu meio natural e quanto maior for o barulho menor é a probabilidade de os encontrar.
Os mais acessíveis são os javalis, gamos e veados. Há também registo de, entre outros, raposas, coelho bravo, doninhas e genetas.
A flora também é diversa e ao longe é frequente a vista deparar-se com o veludo verde da copa dos pinheiros.
Os 21 km de muro protegem a Tapada de muitos riscos mas não têm evitado os incêndios e há 14 anos o fogo devastou 70% da área da Tapada.
Uma prioridade é requalificar o Museu da Tojeira que fica no coração da Tapada. Pretende-se criar um centro ambiental, reavivar uma escola de falcoaria, que também existiu no mesmo local, e criar um centro de recolha de animais.
Há vários programas para visitar a Tapada e quem não gosta de fazer longas caminhadas pode optar por um comboio turístico que percorre 16 km e permite descobrir vários ecossistemas.
Durante quase todo o ano há ateliers pedagógicos e muitos despertam a curiosidade das crianças.
A Tapada está aberta todo o ano e o espaço mais visitável é num vale com um microclima que torna o ambiente mais ameno, no Verão e no Inverno.
Aqui pode descobrir mais sobre a história da Tapada Nacional de Mafra.
A Tapada dos encantos de Mafra faz parte do podcast semanal da Antena1 Vou Ali e Já Venho aqui.
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