A capela tem um número infindável de ossos. Só crânios são mais de 1200 que revestem as paredes do templo.
O tamanho da capela é relativamente grande.
O teto, em abóbada, também está revestido com ossos e o altar tem um nicho com vidro que guarda uma imagem de Cristo crucificado.
Linhas geométricas a vermelho dão profundidade às paredes e ao teto.
O piso está quase todo preenchido com lápides. Os vestígios da morte envolvem-nos, mas isso não impede a procura de muitos turistas.
O movimento de visitantes é permanente. Espelham um misto de curiosidade e perplexidade. Apenas no pequeno jardim em frente da porta de acesso à capela encontrei alguém que estava emocionado.
“Já visitei outras e é sempre a mesma impressão devido ao trabalho que foi feito e ao facto de ser com ossos. Fico impressionado.”
Em Portugal há meia dúzia de capelas de ossos, quase todas no sul do país.
A morte era aceite de modo mais natural e a transitoriedade da vida era uma das mensagens que a igreja católica queria transmitir como resposta ao movimento da Reforma.
Esta Capela dos Ossos é de 1816. Foi construída por irmãos da Ordem Terceira e os ossos seriam de um cemitério anexo à igreja, cuja construção começou cerca de um século antes.
A igreja tem um importante património onde se destacam vários retábulos de talha dourada, o órgão também de estilo barroco e várias imagens dos altares e as que estão na bonita sacristia com teto de caixotões.
Em Faro existe uma outra capela de ossos. Faz parte do conjunto da Catedral e o que resta é pouco mais de uma parede.
A sedução da Capela dos Ossos de Faro faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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