Só fui uma vez a Paris, na segunda semana de março de 2017. Foram cinco dias com três amigos. Depois de uma análise detalhada (de fazer inveja a muitos detetives) de dezenas de voos, percebi que a melhor opção era sair de Lisboa na terça-feira (14 de março) de manhã, às 6h00 (ok, era madrugada), em direção a Beauvais, pela Ryanair. Já para o regresso, o mais económico era voltar no sábado seguinte (18), ao final do dia - apanhámos o voo da EasyJet das 21h00 em Charles de Gaulle. No total, o bilhete de ida e volta ficou por 60 euros.
Mas vamos ao que interessa, da viagem à cidade do amor apenas com amigos - aviso já que não vou dar a volta e dizer que a amizade é outra forma de amor.
Ficámos no Joke Hotel - Paris, na rua Blache, a uns 100 metros do Moulin Rouge e do metro. A localização não podia ser melhor, assim como o hotel que nos recebeu da melhor forma - até meteram o hino nacional a tocar à nossa chegada.
No primeiro dia, decidimos explorar os arredores, fazer um reconhecimento ao terreno. Passeámos por Montmartre, pelas ruas que foram celebrizadas no filme "O Fabuloso Destino de Amélie", fomos ver as vistas a Sacré-Coeur e por aí fora.
Também aproveitamos para visitar o cemitério de Montmartre, onde estão sepultados diversos artistas franceses, como Émile Zola, François Truffaut, Stendhal, Jacques Offenbach e Edgar Degas. Este passeio entre as capelas e as flores fúnebres não teria a mesma animação se fosse feito apenas com outra pessoa, de mão dada - conseguem-se imaginar a fazer declarações de amor num cemitério? Pois. Com amigos tudo se torna divertido e descobrem-se alguns pormenores curiosos que dão asas às gargalhadas - pedimos desculpa aos falecidos, mas não dava para evitar.
E entre fotografias, passeio num carrossel para crianças e muitas gargalhadas, lá se foram passando as horas.
Nos dias seguintes, fomos aos locais obrigatórios - Louvre, Champs-Élysées, Torre Eiffel e por aí fora (vocês sabem quais são, não vamos perder mais tempo). Claro que tudo seria bonito na mesma com a nossa cara-metade, mas não perde nenhum encanto com os amigos.
O que todos queremos ver no Museu do Louvre é a Mona Lisa. Mas a obra de Leonardo da Vinci ocupa apenas uns centímetros nos 243 000 metros quadrados do edifício. Encontrar o famoso quadro pode ser uma aventura bem divertida - por exemplo, os meus amigos e eu dividimos-nos em dois grupos de dois e fizemos uma corrida para ver quem chegava primeiro à Mona Lisa.
Não, não estou a dizer que a visita ao Louvre com 'o amor da nossa vida' é uma seca. É só um pouco mais calma.
Entre visitas a museus, monumentos e fotografias... há sempre almoços e jantares. Depois de alguma pesquisa e de pedirmos dicas a outros amigos que já conheciam Paris, decidimos ir jantar ao Paris New York, em Marais.
Quando chegámos à hamburgueria, o tempo médio de espera era de 45 minutos. Decidimos esperar porque as fotografias partilhadas no Instagram deixavam antever um bom jantar. Se estivéssemos apenas com uma pessoa, muito provavelmente teríamos virado costas. Porém, com amigos, os 45 minutos de espera passaram a voar e só foi preciso dar asas à imaginação e inventar uns jogos, além do habitual "pedra-papel-tesoura" e do "jogo da sardinha".
Acho mesmo, e desculpem-me os mais lamechas, Paris pode ter muito mais encanto com os amigos certos. Há menos medos, mais espírito aventureiro para partir à descoberta de alguns recantos da cidade. Podem faltar as declarações de amor, mas as gargalhadas durante o passeio pelo rio Sena compensam. Não há beijos românticos como nos filmes, mas há abraços e cantoria pelas ruas.
Enfim, é melhor com amigos porque amigos temos sempre, tal como Paris. Já cara-metade... a história é outra.
Viagem com apoio de: Joke Hotel Paris - Astotel & Turismo de França
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