A arquitetura do Rio de Janeiro é de facto uma mistura fascinante entre o antigo e o futurista, com lugares como a Sé Velha, por exemplo, a contrastarem com a modernidade e o design ecológico do Museu do Amanhã, de Santiago Calatrava (que produz energia através de painéis solares) ou o Parque Lage que abriga a Escola de Artes Visuais num belo edifício dos anos 20 ou ainda a Cidade das Artes, projetada por Christian de Portzamparc, com as suas linhas curvas, cruas e elegantes.
Mas nenhum edifício representa melhor o design inovador do Rio de Janeiro do que o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Esta obra do extraordinário arquiteto Oscar Niemeyer — considerado um dos pais do modernismo do século XX — com a sua forma distinta e passarela vermelha brilhante, lembra mais um disco voador do que um espaço cultural.
É uma das atrações culturais incontornáveis da cidade maravilhosa e até personalidades internacionais como Nicolas Ghesquière, diretor criativo da casa Louis Vuitton, já se renderam à sua localização e ao seu design original, tendo escolhido o edifício em 2017, como palco do show da marca de luxo francesa.
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BAIRRO DE SANTA TERESA
O mar, o clima ameno, a descontração e a alegria das pessoas que tomam água de coco nas branquinhas de praia, podem ser os fatores que primeiro atraem os visitantes ao Rio de Janeiro, mas aquilo que verdadeiramente os conquista são lugares como o bairro de Santa Teresa. Um antigo bairro construído numa montanha.
É um labirinto de ruas esquecidas e mais tarde redescobertas, cheias de moradias coloniais decadentes, muitas delas atualmente transformadas em museus. É o caso do Museu da Chácara do Céu e de centros culturais como o Parque das Ruínas.
O Chácara do Céu foi a residência de Castro Maya, um empresário bem-sucedido que adquiriu uma vasta coleção de arte, que hoje pode ser vista neste Museu (e no Museu do Açude, no Alto da Boa Vista).
Fazem parte do acervo, artistas como Matisse, Degas, Seurat, Modigliani, Miró, Guignard, Di Cavalcanti e Portinari.
Ao lado do Museu, a poucos passos de distância, está o Parque das Ruínas. Antigo casarão em estilo neoclássico que pertenceu a Laurinda Santos Lobo, uma ativista dos direitos das mulheres, que pertencia à nobreza carioca da Belle Époque.
Após a morte da proprietária em 1946, a casa ficou abandonada e nos anos 60 chegou a servir de abrigo a bandidos e traficantes.
Os anos de negligência acabaram finalmente em 1996 quando os arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes, a convite da Prefeitura do Rio de Janeiro, elaboraram o design que hoje faz a junção das ruínas do antigo casarão neocolonial com estruturas mais modernas.
A Ruínas contam com uma área de exposição no subsolo, um andar central — que permite observar a arquitetura da casa — e dois últimos andares de onde se tem uma vista que abrange marcos da cidade como a Catedral do Rio de Janeiro, a Central do Brasil, a Ponte Rio-Niterói, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e a Marina da Glória.
O bairro de Santa Teresa nos últimos anos transformou-se num refúgio de artistas, mas o carioca vem aqui, nos domingos, principalmente para comer no Restaurante Aprazível e apreciar a sua incomparável vista ou para provar a feijoada típica do Bar do Mineiro.
BAIRRO DA LAPA
De Santa Teresa é fácil apanhar um elétrico amarelo (bonde) para a Lapa — o centro histórico da cidade.
Uma visita a este bairro é essencial para compreender melhor o Rio, a sua cultura, história e sonoridade. A Lapa é vibrante e boémia. Está cheia de bares tradicionais, clubes de música ao vivo, salões de dança e sessões de samba que acontecem todas as noites sob o aqueduto dos Arcos da Lapa.
Durante o dia o bairro também tem os seus atrativos. Os amantes de design, por exemplo, podem percorrer as lojas da Rua do Lavradio e da Rua do Senado, que não se vão arrepender.
A Rua do Lavradio é uma rua com lojas de referência. É aqui que fica a MeMo, uma moderna loja de móveis e também outras lojas vintage e de antiguidades que vendem mobiliário produzido a partir de madeiras brasileiras de prestígio.
O Centro Cultural do Banco do Brasil (com os seus elevadores de manivela art déco) é uma das fundações que, juntamente com o Espaço Cultural dos Correios e a Fundação Casa França-Brasil, marcam a alma cultural do bairro.
Perfeitamente preservada está também a Confeitaria Colombo, antigo ponto de encontro de intelectuais e empresários do Rio de Janeiro.
Património histórico da cidade, a confeitaria foi inaugurada no século XIX e é um ícone da Belle Époque. Espelhos de cristal, móveis de jacarandá e vitrais franceses fazem parte da sua decoração. No prédio de vários andares são confecionados doces, salgados e refeições. A influência portuguesa continua presente nos menus recheados de doçuras como pastéis de nata e a pastelaria francesa também se faz notar nas vitrines que exibem mil-folhas e tarteletes.
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A zona portuária do Rio também merece uma paragem porque foi aqui que a nova geração de artistas se fixou. Agora os antigos armazéns são ocupados por galerias e ateliers.
Entre as galerias de arte da cidade destacam-se o Instituto Moreira Salles; a Casa Voa e a Galeria Anita Schwartz, todos localizados no elegante bairro da Gávea.
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