1. Como/quando começou o “bichinho” das viagens?
Começou muito cedo, aliás fui “concebida” durante uma viagem à bela ilha da Madeira, e deve ter passado para o meu ADN, o agora muito popular, o chamado gene da viagens. Mas continuando, os meus pais, quando eu tinha quatro anos, levaram-me a Paris e, numa ida ao “Museu Grévin”, entrámos numa sala que simulava uma espécie de máquina do tempo que nos transportava em segundos a várias partes do mundo. Eu achei tudo aquilo maravilhoso, óbvio que com aquela idade não entendia muito o conceito de viagem, mas a possibilidade de conhecer novos países, novas culturas é algo que ficou muito intrínseco dentro de mim.
2. Além de viajar, gosta muito de…
Cinema, sou uma apaixonada pela sétima arte. Aliás, antes da pandemia, em tom de brincadeira, dizia “se me quiserem encontrar, estarei na sala de cinema mais perto”. Desde muito cedo o cinema me fascinou, era o meu porto seguro, onde tudo era e ainda é possível.
3. Quantos países já visitou?
Não conto países, aliás já perdi a conta. Para mim é muito mais importante a experiência que trago dentro de mim depois de cada viagem, as pessoas com que vou, as pessoas com que me cruzo, as cores, os cheiros e a comida, sou uma perdida pela gastronomia.
4. Viagens mais marcantes e porquê?
Como já referi sou uma apaixonada por cinema, podia estar a falar horas e horas sobre o tema, a Itália de Fellini, do Antonioni, do Mastroiani, da Loren e de tantos outros, ídolos da minha precoce juventude fizeram-me sonhar e planear desde muito cedo uma viagem a Itália, que praticamente conheço toda. Destaco a Costa Almalfitana, pelo seu glamour, pelas suas cidades e pela pasta! Ninguém sabe o que é pasta até comer a verdadeira num típico restaurante napolitano.
5. Destino que quer regressar e porquê?
Turquia, sem sombra de dúvida! Em 2017 visitei apenas Istambul, uma cidade que é totalmente inebriante por várias razões sejam elas arquitetónicas ou simplesmente culturais. Fico completamente saudosista só de recordar o magnifico pôr do sol sobre as águas do Bósforo. Mas quero muito mais, ver a Capadócia, o monte Ararat, a Anatólia, os azulejos de Iznik, o Mar Negro, as praias e ilhas turcas do Mediterrâneo e saborear a comida turca (que não é só kebabs, eles têm outras especialidades deliciosas que aconselho todos a provarem).
6. Próximos destinos e expectativas. Tendo em conta a atual conjuntura, como acha que vão ser as viagens durante e pós-Covid-19?
Continuo muito apreensiva sobre o tema, acho que o conceito de viagem vai mudar bastante nos próximos tempos, aliás já está a mudar. O ano passado tinha 3 viagens marcadas que acabei por ver canceladas. Tenho imensas viagens na “mala” é só mesmo escolher, mas este ano escolho ficar em Portugal. O nosso pais precisa de nós e nós precisamos dele, afinal o sacrifício não é assim tão grande, Portugal tem sítios maravilhosos, alguns mesmo de cortar a respiração, dignos de autênticos postais. Quero muito revisitar o Douro Vinhateiro e talvez mesmo dar um pulinho aos Açores, as ilhas do Pico e São Jorge estão na minha “bucket list” há já algum tempo.
7. Dica de viagem mais valiosa que pode dar
Planear, planear e planear! Todos nós temos perfis diferentes de viajantes, mas toda a viagem precisa da sua preparação. Eu gosto muito de fazer pesquisa, aliás já estou a viajar antes da viagem ocorrer. Leio muitos livros e blogs de viagens e antes de qualquer viagem tenho um plano de ação muito detalhado do que pretendo fazer, óbvio que existe lugar para improviso. Os meus amigos brincam comigo sobre isso, pela minha “obsessão“ pelo detalhe em cada plano de viagem, mas o mais engraçado é que depois vêm pedir-me ajuda. Por vezes, dou por mim a fazer roteiros de viagens para eles, mas eu não me importo, faço-o com muito gosto.
8. Lugar preferido em Portugal
Esta pergunta é muito complicada. Cada vez fico mais surpreendida pela beleza do nosso país, dou comigo a descobrir lugares que nunca antes pensei que existissem. Mas escolho a região da Peneda-Gerês pela sua biodiversidade única: a confluência entre a imensa variedade das espécies botânicas e animais e a passagem de diferentes civilizações ao longo dos séculos é avassaladora. O meu sítio especial é o Miradouro da Pedra Bela, que se ergue a 800 metros de altitude e onde são visíveis montanhas, rios, a albufeira da Caniçada e a confluência dos rios Cávado e Caldo.
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