1. Como/quando começou o “bichinho” das viagens?

Podemos agradecer aos nossos pais o hábito de viajar. O bichinho esteve connosco desde sempre e viajámos bastante com a nossa família e amigos, antes de nos conhecermos.

E foi numa viagem ao México que nos conhecemos, em 2014. Mas só em Portugal descobrimos que não só vivíamos na mesma cidade como trabalhávamos na mesma rua, muito perto um do outro. Começámos a namorar e rapidamente percebemos o quanto gostamos de viajar juntos, por isso nunca mais parámos.

Parece que as viagens já nos estavam destinadas…

2. Além de viajar, gostam muito de…

Estar em casa. Apesar de adorarmos viajar, gostamos sempre da sensação de voltar à nossa cama, tenham passado dois dias ou duas semanas. Somos tendencialmente caseiros. Deve estar nos nossos genes, porque sentimos que passámos isso ao nosso filho: ele adora passear e é um ótimo companheiro de aventuras, mas também fica mesmo feliz quando regressa a casa.

Também gostamos muito de comer, mas isso reflete-se muito nas nossas viagens e quem segue o nosso Instagram já sabe, à partida, que vai encontrar muitas stories sobre comida.

Nos nossos tempos livres, o João pela-se por um jogo de ténis, já a Marina prefere um bom livro.

3. Quantos países já visitaram?

É curioso, mas não contabilizamos. Já devemos ter ultrapassado as três dezenas de países, mas também já fomos mais do que três vezes ao mesmo destino. Aliás, esse é um dos nossos motes: não contabilizar países e tentar descobrir sempre coisas novas, mesmo que seja a terceira ou quarta vez que visitamos o mesmo local.

Preferimos viajar ao sabor do que nos apetece ou do que despoleta a nossa curiosidade. Tentamos descobrir um novo destino, a cada mês. Por vezes, conseguimos ultrapassar o nosso objetivo e descobrir dois, ou três. O nosso record são 17 viagens num ano (com 22 dias de férias, muitos fins de semana e alguns feriados).

4. Viagens mais marcantes e porquê?

Talvez a mais marcante tenha sido Bali, porque foi um ponto de viragem. Foi com Bali que percebemos que o que faz uma viagem são as pessoas que encontramos, e isso passou a influenciar a nossa forma de viajar e os destinos que escolhemos. Foi também graças à viagem a Bali que decidimos criar um blog, para mostrar que os destinos longínquos podem não ser tão caros como imaginamos. Visitámos Bali e Gili Trawangan, fizemos amigos que ainda mantemos contacto e demos por nós, sentados numa esplanada na Gili T, a imaginar como seria a nossa vida se nos mudássemos para lá.

5. Destino que querem regressar e porquê?

Para o João, há sempre uma resposta na ponta da língua para esta pergunta: Nova Iorque. É um apaixonado pela cidade e, apesar de já lá ter ido três vezes, voltava amanhã sem hesitar. Já para a Marina, é mais difícil escolher apenas um destino.

Em boa verdade, são raros os destinos com que não identificámos e aos quais não pensamos em voltar.

Estar fechados em casa ao longo de meses, durante a pandemia, também nos deixou mais saudosistas. Damos por nós, regularmente, a comentar que gostávamos muito de voltar aqui e ali. Por exemplo, voltar ao Gerês com mais tempo para o explorar, voltar a Itália para explorar o Sul (e porque adoramos a gastronomia), voltar aos parques naturais dos EUA que gostámos tanto de descobrir.

A gastronomia local tem um peso muito grande nas nossas recordações e voltávamos a vários destinos só para repetir certos restaurantes…

6. Próximos destinos e expectativas. Tendo em conta a atual conjuntura, como acha que vão ser as viagens durante e pós-Covid-19?

Nos próximos meses o nosso objetivo é ficar por Portugal. Temos um país magnífico, com uma diversidade de destinos incrível, e sempre gostámos de o explorar. Vamos andar um pouco de Norte a Sul, mas com um principal enfoque no Alentejo, onde ainda temos muito para descobrir. Queremos também conhecer as duas ilhas açorianas que temos em falta: São Jorge e Graciosa. E, quem sabe, uns dias de descanso em Porto Santo, pois estamos a precisar bastante e foi uma das viagens canceladas em 2020.

Apesar das viagens para outros países estarem com preços bastante baixos, os preços dos testes exigidos tornam-nas menos aliciantes do que podem parecer à primeira vista. Vamos esperar para ver como a situação evolui, pela nossa vez de sermos vacinados e por mais informação, antes de marcarmos viagens internacionais. Não nos sentimos “fechados” em Portugal, antes pelo contrário, é mais uma opção pessoal. E também uma forma de apoiarmos o turismo no nosso país.

Quanto sentirmos que é altura para o fazer, queremos partir numa roadtrip por alguns parques naturais no Canadá. O plano já está traçado e era para ter sido concretizado em outubro de 2020.

A nosso ver, a pandemia veio “obrigar” alguns portugueses a descobrir que tiveram a sorte de nascer no país mais lindo do mundo, e ficamos muito satisfeitos por ver que estão a descobrir o interior, as nossas ilhas, etc. Mas, ao mesmo tempo, veio dificultar as deslocações e os procedimentos. Vamos ver consequências da pandemia na forma de viajar e nos cuidados, durante um largo período

7. Dica de viagem mais valiosa que podem dar

A melhor dica que podemos dar é “desfrutar do processo”. A viagem começa, para nós, com a preparação, a pesquisa, o planeamento. Gostamos de ir informados sobre o local que vamos visitar, para nos enquadrarmos e para balizarmos as nossas expetativas – informação é poder! Mas, apesar de planearmos minimamente o que vamos fazer, gostamos de deixar espaço para os imprevistos e para o improviso, para alterarmos tudo se assim acharmos melhor. E isso também é parte do processo. Nem sempre as coisas correm bem – temos um milhão de histórias de contratempos em viagem para contar aos nossos futuros netos – mas isso não nos impede de desfrutar.

É importante também conhecermo-nos enquanto viajantes, todos somos diferentes, temos gostos e preferências diferentes, ritmos distintos. A melhor forma de sabermos se vamos gostar de um destino, se gostamos de planear tudo ao detalhe, se preferimos viajar sós ou acompanhados, se viajar com filhos é exequível, etc., é experimentar (e desfrutar do processo).

8. Lugar preferido em Portugal

É batota, mas vamos responder com um arquipélago inteiro: os Açores. Para nós, são um paraíso na Terra, onde dois dias de uma escapadela sabem a uma semana inteira de férias e onde ficamos facilmente espantados com as paisagens que encontramos. Já conhecemos sete ilhas e mal podemos esperar por conhecer as duas que nos faltam.

Tentámos escolher só uma ilha para esta resposta, mas não conseguimos. Somos apaixonados pelas lagoas de São Miguel, pelas cascatas das Flores, pela gastronomia da Terceira, pela imensidão da montanha do Pico, pelo silêncio do caldeirão do Corvo, pela incrível diversidade de Santa Maria e por todas as histórias que conta a marina do Faial. Esperamos, muito rapidamente, conseguir completar esta lista com recordações da Graciosa e de São Jorge.

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