Mercados de Natal
Anualmente realizam-se mais de 3.000 mercados por todo o país, além de incontáveis eventos gastronómicos e culturais, que atraem visitantes de todo o mundo: entre novembro e dezembro, as dormidas de turistas internacionais ascendem a nada menos de 9,6 milhões.
Da imensa lista de mercados podem destacar-se o de Dresden, o mais antigo do país, pela primeira vez mencionado em documentos em 1434; ou o de Nuremberga, também muito antigo, remontando ao século XVI, e um dos mais famosos.
O de Estugarda distingue-se pela beleza: as 280 barraquinhas são decoradas com esmero e um prémio é atribuído à mais bonita. Em Colónia, o mais animado tem lugar junto à Catedral, Património da UNESCO.
E Berlim… acolhe normalmente cerca de 70 mercados de Natal! Há-os para todos os gostos, desde os bem grandes aos mais aconchegantes, dos históricos aos modernos. Há até um mercado vegano, onde todas as iguarias respeitam esse regime alimentar e não faltam sugestões de presentes sustentáveis.
Outros ainda localizam-se em lugares muito especiais, como o de Ravennaschlucht, em plena Floresta Negra, a cerca de meia hora de Friburgo.
Quem traz os presentes?
O Pai Natal ou o Menino Jesus? O primeiro, bonacheirão e de longas barbas brancas, pode ser uma criação recente mas tornou-se na figura mais popular, especialmente no norte da Alemanha.
No sul do país, o papel cabe a Christkind, em tradução literal Menino Jesus, representado como um anjo de cachos dourados mas interpretado por uma adolescente. Em Nuremberga, por exemplo, é o principal símbolo do Natal.
Bolas decorativas
Segundo a lenda, as bolas com que decoramos a árvore de Natal foram produzidas pela primeira vez na pequena cidade de Lauscha, na Turíngia: incapaz de pagar a decoração festiva e cara feita com maçãs e nozes, um soprador de vidro decidiu usar esse material para criar enfeites. Hoje continuam a ser ali produzidas artesanalmente e pintadas à mão e são requisitadas em todo o mundo.
Delícias natalícias
A partir de setembro já há doces típicos da época nas lojas e as famílias costumam começar a confeccioná-los a meio de novembro. Tornaram-se mundialmente famosos o bolo stollen de Dresden, cuja receita original remonta ao século XV, e os biscoitos lebkuchen de Nuremberga.
Para a ceia muitas famílias alemãs optam por salsichas e salada de batata, um prato rápido de fazer e consumir, deixando mais tempo para a troca de presentes. No dia 25, ganso assado (ou pato) é a iguaria preferida.
Artesanato único
Quebra-nozes, castiçais ou queimadores de incenso feitos por artesãos das montanhas Erzgebirge, entre a Alemanha e a República Checa, são populares um pouco por todo o mundo.
A cidade de Seiffen, por exemplo, é conhecida pelos seus brinquedos (até tem um museu que lhes é dedicado) e Grünhainichen pelos anjos típicos, de asas verdes com bolinhas brancas. Em ambas é possível assistir ao trabalho destes artistas nas respetivas oficinas.
De casa em casa
Na Baviera e em Baden-Württemberg mantém-se a tradição christbaumloben: visitam-se os vizinhos e elogiam-se as respetivas árvores de Natal recebendo, como agradecimento, um pequeno presente. Já no Alto Palatinado, um retrato benzido da Virgem Maria vai passando de casa em casa durante a época festiva, até regressar de novo à igreja a 24 de dezembro.
Presentes para… veados!
Na Pomerânia Ocidental, no norte da Alemanha, celebra-se uma tradição de Natal conhecida por Lüttenweihnachten, com origem numa história do escritor Hans Fallada, nascido na região. Durante o período festivo, as famílias vão à floresta, por vezes acompanhados por um guarda-florestal, e decoram as árvores com maçãs. Assim, veados, raposas e outros animais também têm direito a uma festa de Natal selvagem.
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Fonte: Turismo da Alemanha
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