Os escoceses são por natureza um povo acolhedor e quem visita a sua capital rapidamente se apercebe disso. Sorrisos e simpatia acolhem os visitantes nas principais atrações e o turista nem precisa de pedir ajuda porque há sempre alguém disposto a prestar assistência, dar direções ou tirar dúvidas.
Sinto-me sempre confortável a andar por Edimburgo. Embora seja uma cidade grande, é perfeitamente possível percorrê-la a pé sem ter de usar transportes públicos.
E depois há a beleza e a história da velha cidade - um castelo que domina a paisagem, magníficos monumentos, vielas e becos sem saída, contos de fantasmas... Por mais dias que passes a explorar a cidade, existe uma aura de mistério presente em Edimburgo que nunca desaparece.
Um bom lugar para começar a visita é dando um passeio pela Royal Mile. Esta rua é a artéria principal de Edimburgo e estende-se desde Castle Rock até ao Holyrood Palace.
O ideal é começar no Palácio de Holyrood (que serviu desde o século XV como principal residência dos reis e das rainhas da Escócia) e depois fazer fazer várias paragens pelo caminho até chegar ao Castelo para visitar atrações como a maravilhosa Catedral de St. Giles, o Coração de Midlothian, que marca o local do Velho Tolbooth (uma antiga prisão), o Scotch Whisky Experience e The Elephant House, o café onde J.K. Rowling, antes de ser conhecida, se sentou a escrever o primeiro livro de Harry Potter.
Originalmente, a Cidade Velha de Edimburgo consistia na Royal Mile e num grande número de pequenas vielas. Estas passagens ainda lá estão. Algumas levam a pátios abertos conhecidos como “courts”, outras - largas o suficiente para um cavalo ou uma carroça passar - são chamadas de "wynds", mas a maioria é designada por “closes”, porque conduzem a uma propriedade privada e, portanto, são fechados ao público. O mais famoso é o The Real Mary King's Close.
Dizem que durante um surto de peste em meados do século XVII, o Mary King's Close foi usado como lugar de quarentena para conter a propagação da doença e que os fantasmas daqueles que morreram aqui ainda assombram o lugar…
Fantasmas à parte, esta atração, localizada nas profundezas da Cidade Velha e da Royal Mile, configura um conjunto de espaços e ruas subterrâneas que se enredam em histórias assustadoras e nos dão uma boa ideia do que seria a vida em Edimburgo entre os séculos XVI e XIX.
O Castelo de Edimburgo é a atração mais visitada da cidade e um componente essencial do seu horizonte. Fica no topo de uma rocha alta (castle rock), que é utilizada desde o século II, pela sua perfeita posição defensiva.
Durante séculos, o castelo foi considerado a “chave da cidade” - controlar o castelo significava controlar Edimburgo.
Este castelo abrigou figuras importantes da história da Escócia, como Maria, a Rainha dos Escoceses. Dentro das muralhas podemos visitar diferentes áreas - das quais destaco o Grande Salão, o Palácio Real e a Capela de Santa Margarida - e ver as joias da coroa e a Pedra do Destino, que há séculos é usada na coroação dos monarcas britânicos.
Uma pequena e encantadora estátua perto do Cemitério Greyfriar é outra das atrações da cidade. Presta homenagem a “Bobby” um cão muito leal que ficou no imaginário dos habitantes locais.
Calton Hill, uma colina situada no centro de Edimburgo, é o lugar perfeito para assistir ao pôr do sol quando o tempo está bom.
Edimburgo também tem uma série de museus interessantes. A merecer uma visita estão o Museu Nacional da Escócia, o Museu de História Natural e a Academia Real Escocesa. Quem viaja com crianças não pode perder o Museu da Infância (The Museum of Childhood).
Entre as especialidades culinárias a experimentar em Edimburgo, uma é incontornável: Haggis, estômago de carneiro recheado com vísceras, cozinhadas com farinha de aveia. Pode não ser do agrado de todos, mas os mais corajosos não se vão arrepender de provar.
Quem gosta de doces tem de experimentar um scottish cranachan, uma sobremesa feita com framboesas que é deliciosa!
Assim é Edimburgo, uma cidade que tem tudo para nos apaixonar: atmosfera, arquitetura, boas pessoas e boa comida.
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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
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