Picasso nasceu aqui (e Antonio Banderas também!). A oferta cultural é boa — há museus, exposições, instalações de artistas plásticos na rua e murais lindos pintados nas paredes.
E como se tudo isso não fosse suficiente, ainda temos as praias (que mesmo no inverno são agradáveis para passear), uma vida noturna animada e muita escolha de bons restaurantes para comer e beber.
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Esta é uma das minhas cidades preferidas. Gosto da sua luminosidade e dos seus anunciados 300 dias de sol por ano. Posso testemunhar que não é falsa publicidade, pois já viajei para lá em janeiro, no auge do inverno, e desfrutei de uns agradáveis 16º centígrados.

O centro é rico em património histórico. Por todo lado encontramos edifícios interessantes, carregados de memórias passadas.

A Catedral da cidade é belíssima e tem interiores extraordinários. Devido a um período muito longo de construção (cerca de 200 anos), incorpora vários estilos, desde o renascentista ao barroco, passando pelo neoclássico.

O plano original era a catedral ter duas grandes torres, mas o dinheiro “acabou” e só uma foi terminada, daí ser conhecida pelos locais como “La Manquita” (aquela que só tem um braço).

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créditos: The Travellight World

Outras obras que impressionam são o Teatro Romano, que com cerca de dois mil anos é o monumento mais antigo de Málaga; o Castelo de Gibralfaro, construído no séc. XIV para proteger a fortaleza que na altura funcionava como Palácio; e a Alcabaza.

A Alcazaba é um dos principais monumentos de Málaga e data do período em que a Andaluzia estava sob o domínio árabe. Os governantes mouros do sul de Espanha construíram a intrigante Alcazaba sobre os restos de um forte romano em meados do século VIII. Vista do porto, esta obra-prima da arquitetura mourisca domina a encosta. Lá dentro existem pátios secretos, corredores e ameias que proporcionam vistas incríveis do mar e de Málaga.
Como cidade natal de Pablo Picasso, Málaga tem dois museus que o homenageiam: O Museu Picasso — situado no Palácio de Buenavista —, que exibe o progresso do pintor desde a sua juventude até à morte em 1973, e a casa onde  nasceu e cresceu na Praça da Merced, que apresenta itens da sua vida quotidiana: fotografias, documentos e as obras do seu pai (que também era pintor).
Outro museu imperdível é o CAC (Centro de Arte Contemporânea). Com entrada gratuita, oferece uma exposição permanente e outras temporárias muito interessantes.

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créditos: The Travellight World

O Mercado Central de Atarazanas (Mercado central de Málaga) merece igualmente uma visita. Foi inaugurado em 1879, num espaço que já tinha funcionado como pavilhão de reparação naval e hospital. Em 2008, foi remodelado.
Tem tetos deslumbrantes e um grande vitral na entrada. Lá dentro, como em qualquer mercado, encontramos uma explosão de cores e cheiros. Frutas frescas, queijos e enchidos despertam as nossas papilas gustativas e põem fim a qualquer ideia de dieta que nos possa ter passado pela cabeça.

O Parque de Málaga — um parque que liga a velha à nova cidade — proporciona uma bela caminhada por entre plantas exóticas e pássaros coloridos. Os papagaios fazem muito barulho e chamam a nossa atenção, mas são muito bonitos de observar!
Também é muito agradável passear pelo Porto de Málaga. É um dos mais antigos da Europa e, há alguns anos, foi transformado num centro de recreação e comércio.
O passeio marítimo é agora ladeado por jardins e esculturas, oferecendo lojas, restaurantes, geladarias e bares que, alinhados em frente à baía,  permitem aos locais e aos turistas aproveitar bem o sol e as esplanadas.
Duas obras destacam-se no Porto: uma pérgula projetada pelo arquiteto Jerónimo Junquera e um cubo colorido, que faz parte do Centro Pompidou.

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créditos: The Travellight World

No outro extremo, perto da histórica praça de touros de Málaga, o Paseo del Muelle Uno é outra via movimentada, cheia de bares e restaurantes, que conduz até à Playa de la  Malagueta.
Um pouco mais a leste da costa está a Playa Caleta, conhecida por ser uma das praias mais limpas e bem conservadas da costa sul. Ambas as praias são bastante pequenas, mas oferecem excelentes vistas da paisagem acidentada que rodeia Málaga, bem como uma variedade de desportos aquáticos e chiringuitos (pequenos bares de praia que vendem bebidas e tapas) para aqueles que querem uma pausa ​​dos banhos de sol.
A cidade velha de Málaga, que rodeia a elegante rua comercial de Calle Marques de Larios, perto do porto, combina tradição e modernidade de uma forma totalmente diferente de qualquer outra cidade da Andaluzia.

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créditos: The Travellight World

A Calle Granada, a via central do centro histórico, é uma rua que serpenteia por praças e esplanadas cheias de malagueños e turistas que aproveitam o sol, sangria e tapas. É seguindo pela Calle Granada que encontramos a espaçosa Plaza de la Merced, onde nasceu Pablo Picasso e se encontra o restaurante mais famoso de Málaga — a Bodega El Pimpi.
Tavernas tradicionais, como a Bodega El Pimpi e a Antigua Casa de Guardia são ícones na vida cultural e social da cidade. E estão entre os melhores lugares para experimentar o vinho doce feito a partir de uvas Moscatel e produzido na região desde o tempo dos Romanos.

O Bairro do Soho  é uma paragem obrigatória para quem gosta de arte urbana. No âmbito da iniciativa conhecida como Malaga Arte Urbano Soho (MAUS), alguns dos principais artistas urbanos do mundo animaram com imagens coloridas as fachadas em ruínas do Soho e transformaram completamente um espaço urbano, que de outra forma, seria triste e cinzento. Há um mapa das localizações exatas dos murais no site da MAUS, mas é muito mais divertido passear pelo Soho e descobrir cada uma destas obras à medida que vamos andando.

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créditos: The Travellight World

Caminito del Rey

Os fãs das emoções fortes têm mesmo de percorrer o Caminito del Rey, um conjunto de passadiços construído nas íngremes escarpas do desfiladeiro dos Gaitanes para permitir o acesso dos trabalhadores, dos materiais e até a manutenção das barragens.

A cerca de uma hora por estrada de Málaga, esta atração exige não só um grande espírito de aventura, mas também a reserva antecipada devido à enorme procura. Ao todo, o percurso é de 7,7 quilómetros, 2,9 dos quais pelos famosos passadiços suspensos.

A adrenalina está mais do que garantida em qualquer altura do ano, mas primavera e outono são as estações mais indicadas para evitar as temperaturas extremas da Andaluzia. Os dias de semana são preferíveis para um passeio mais tranquilo.

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créditos: Eliza Saroma-Stepniewska / CC BY-SA 4.0

Vale a pena conhecer Málaga. É uma cidade dinâmica e excitante. Do porto animado à cidade antiga, das galerias de arte às praias, há algo para todos nesta sofisticada e moderna metrópole!

Texto: Ana Maria Barreto - The Travellight World