A reclusão do lago, no sopé dos Alpes, apenas a uma hora de Milão, torna-se particularmente atraente sob uma camada fresca de neve, especialmente para os entusiastas de esqui e de outros desportos de inverno que querem fugir do movimento dos resorts alpinos.
É fácil chegar ao Lago di Como a partir de Milão, basta apanhar um comboio para a estação de San Giovanni de Como, localizada no extremo sul do lago. É daqui que partem os barcos que sem pressa navegam pelas águas cintilantes do Como, cortando o ar fresco e a luz prateada do inverno, em direção às colinas íngremes do norte, pontilhadas por bonitas e imponentes villas de cores cítricas.
A maioria dos pequenos hotéis estão abertos todo o ano e prometem uma estadia mais intimista no Lago, para os hóspedes que apreciam um refúgio rústico e invernal com vistas panorâmicas, uma taça de vinho Sassella e o aconchego de uma lareira.
Há muito para fazer no Lago di Como, mesmo no inverno. Podemos passear pela bonita Villa Balbianello e seus jardins, e pela Villa Monastero em Varenna — um mosteiro do século XII transformado em residência nobre, rodeado por jardins botânicos; descobrir a história do antigo comércio de seda no Lago espreitando o Museo della Seta di Como; conhecer atrações imperdíveis como o Duomo de Como e ocupar uma mesa num restaurante na praça em frente à catedral para admirar a sua magnífica fachada neogótica do século XV, incluindo esculturas de Plínio, o Velho e o Jovem. O interior também não dececiona. Tem mais de 400 anos de construção e abrange vários estilos arquitetónicos. A entrada é gratuita.
Das villas que pontilham as margens do lago destaco a Villa del Balbianello. Acessível de barco ou através de uma curta caminhada, a villa do final do século XVI tem um lindo jardim e oferece uma maravilhosa combinação entre arte e natureza.
O Jardim Botânico do Hotel Villa Cipressi também vale a pena conhecer. O jardim está aberto ao público, enquanto o resto do edifício pertence ao hotel e ao seu restaurante. O jardim centenário que desce até ao lago está distribuído por diferentes níveis e agracia os visitantes com vistas muito interessantes e fotogénicas do Como.
O barco-táxi Varenna é um serviço imprescindível na região. Oferece viagens curtas ou longas a partir de Varenna para várias atrações no lago. O passeio mais curto é o de Varenna, com duração de meia hora, e o mais longo é chamado de “passeio de George”, porque passa pela Villa de George Clooney, em Laglio.
A 30 minutos do lago, os resorts em Valsassina e Valtellina são a escolha perfeita para quem quer praticar esqui e snowboard, enquanto as trilhas do Monte San Primo são as melhores para caminhadas na neve.
Piani di Bobbio, Livigno, Madesimo e Santa Caterina di Valfurva (ou Engadin, na fronteira) são todos resorts de esqui que ficam a relativa curta distância do Lago di Como.
O Monte Sighignola é conhecido pelas encostas para iniciantes e pelas vistas deslumbrantes do Lago Lugano, ao longo da fronteira com a Suíça. Alugando uma bicicleta podemos também percorrer os caminhos entre Cernobbio, Carate Urio e Argegno.
Já o funicular de Como leva-nos até ao vilarejo de Brunate, de onde parte uma trilha cénica que serpenteia 500 metros acima do lago.
Quem prefere relaxar no SPA pode escolher fazer uma massagem de pedras quentes no spa hammam do Relais Villa Vittoria, e depois descansar na banheira de hidromassagem com vista para as águas do lago.
Em alternativa pode passar o dia na vila alpina de Bormio, localizada duas horas a norte do Lago. Bormio abriga o QC Terme Bagni Vecchi (banhos antigos) e o QC Terme Grand Hotel Bagni Nuovi (banhos novos) - resorts de bem-estar, com fontes termais e vista para os picos gelados das montanhas.
Durante os meses de inverno, vale a pena visitar igualmente a cidade de Lecco que abriga um mercado de artesanato e uma pista de patinagem no gelo. O Natal é particularmente animado, com as lojas da cidade e as associações locais a competir para ganhar o prémio da melhor decoração natalícia.
Em Itália a comida é sempre um dos atrativos e no Lago Como isso não é diferente. Sopas quentes, polenta torrada, vinhos e queijos de produção local, estão todos no menu, e desde o expresso no Café Monti da Piazza Camillo Benso Conte di Cavour, ao delicioso peixe fresco do Restaurante Momi em Blevio, passando pela especialidade regional pizzoccheri alla valtellinese (tagliatelle, repolho, batatas e queijo) servida nos restaurantes de Bellagio, e terminando no tiramisu caseiro do Bar Pasticceria Rossi, há muito para provar (e gostar!).
Para mais inspiração e ideias para as próximas férias sigam-me no Instagram
Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World
Comentários