1. Como/quando começou o “bichinho” das viagens?

O Manu desde pequeno que sempre viajou muito com os pais, um pouco por todo o mundo, e por isso o bichinho das viagens praticamente nasceu com ele e foi sendo alimentado cada vez mais à medida que foi crescendo. Já a Inês não foi muito habituada a viajar em criança, mas assim que nos conhecemos e começamos a namorar, o Manu passou o tal bichinho à Inês, que rapidamente se instalou e nunca mais se foi embora!

As primeiras viagens juntos foram as típicas escapadinhas a algumas cidades europeias, mas rapidamente percebemos que o que nos cativava mais era a natureza e a montanha e, por isso, ao longo dos anos fomos privilegiando destinos mais verdes e com um maior contacto com essa mesma natureza.

2. Além de viajar, gostam muito de…

Música – o Manu é louco por todo o tipo de música, e gostamos muito de ir juntos a concertos e festivais. A Inês gosta muito de ler, desde pequena, o que é também uma outra forma de viajar, sem sair de casa.

Juntos gostamos de fazer caminhadas – vivendo num sítio como Arouca sentimo-nos uns privilegiados pois temos muito por onde explorar, desde trilhos a passadiços com paisagens incríveis.

Partilhamos ainda o gosto pela fotografia, o que esteve na génese da nossa conta de Instagram: tirávamos tantas fotografias das nossas viagens, que acabavam por ficar “perdidas” no computador e por isso achámos que seria interessante utilizá-las para documentar as viagens e termos assim um álbum digital, disponível à distância de um clique.

3. Quantos países já visitaram?

Antes de nos conhecermos, o Manu já tinha passado por 11 países. A Inês apenas por 2. Desde que começamos a viajar juntos – há 6 anos –, já visitamos 14 países. Já repetimos alguns pelo simples facto de existirem países com tanto para oferecer que é impossível conhecê-los em apenas uma viagem (sendo nós viajantes em part-time) ou porque gostamos tanto que quisemos conhecer mais a fundo ou levar os nossos amigos a conhecê-los também.

4. Viagens mais marcantes e porquê?

Se quisermos ser românticos, todas as viagens nos marcaram de uma forma ou de outra. Não é por acaso que se diz que viajar é aprender e que nos torna mais ricos espiritualmente. Mas sendo mais objetivos, podemos nomear três destinos por razões totalmente diferentes.

Nova Iorque foi uma viagem que nos deu um prazer e diversão tremendos porque nos permitiu conhecer e viver uma realidade que crescemos a ver de forma tão familiar na televisão e no cinema.

Nova Iorque
Nova Iorque créditos: 2NomadSouls

Por outro lado, a viagem a Marrocos – especialmente a zona das montanhas do Atlas – marcou-nos porque foi a primeira em que tivemos de facto um choque cultural tremendo. Paramos em mercados, cafés, restaurantes e nos mais variados negócios ao longo de muitas regiões entre Marraquexe e o deserto do Sahara e inicialmente não estávamos preparados, desde logo para ver tão poucas mulheres a circular nas ruas e cafés/restaurantes, e por outro lado em lidar com a atenção dos locais perante nós – turistas ocidentais (principalmente em zonas em que é pouco comum a nossa presença).

Um pouco no mesmo sentido, o Sri Lanka também nos marcou bastante por essa diferença cultural, mas com uma mente mais aberta e um pouco mais vividos, conseguimos desfrutar mais. Ficamos cativados pela simpatia e vontade de ajudar dos cingaleses, tratando-nos como se fossemos quase da sua família, para além da cultura e beleza riquíssimas de todo o país, que percorremos de mochila às costas.

5. Destino que querem regressar e porquê?

Estados Unidos. Apenas visitamos Nova Iorque, mas temos uma grande curiosidade em conhecer muitos locais deste país enorme, talvez um dos poucos no mundo em que há uma disparidade gigante de dinâmicas sociais e culturais entre regiões. Nova Iorque foi uma surpresa para nós, uma cidade em constante movimento, mas onde encontramos uma sociedade amigável e acolhedora, que alberga toda a multiculturalidade ali existente. No entanto, gostávamos de conhecer e contactar com outras comunidades americanas, menos citadinas, riquíssimas em paisagens icónicas, como as que podemos encontrar no Utah, Nevada e Califórnia, para nomear alguns. Aliás, uma das viagens que tínhamos planeado e inclusive voo marcado para este ano de 2020 era precisamente a estes locais e que tivemos de cancelar por causa da pandemia.

6. Próximos destinos e expectativas. Tendo em conta a atual conjuntura, como acham que vão ser as viagens durante e pós-COVID-19?

Não vemos ainda um fim definitivo a esta pandemia, por isso os próximos destinos serão inevitavelmente mais próximos e dentro da Europa. Este ano já tivemos de nos ajustar a esta realidade e escolhemos viajar com toda a segurança dentro do nosso país (continente e ilhas da Madeira e Açores) e não sentimos que ficamos com as expetativas defraudadas. Claro que existem uma série de procedimentos e novas regras que temos de seguir (desde testes a formulários extra que temos de preencher) e é fundamental irmos bem informados, mas somos apologistas de que as pessoas devem continuar a viajar. No entanto, cremos que a escolha dos próximos destinos possa ser influenciada por um fator extra: a necessidade ou não de se fazer quarentena. Uma vez que temos dias limitados de férias, este é um fator que sem dúvida pesará na escolha.

Tirando isso, reiteramos que durante a pandemia de COVID-19 as viagens podem e devem continuar a serem feitas, respeitando as regras e mantendo as condições de distanciamento e segurança, que devem igualmente pautar a nossa rotina diária e que, por isso, já estamos habituados. Quanto ao pós-COVID-19, sentimos que as viagens ainda nos darão mais prazer, pois damos mais valor ao privilégio que é circular sem restrições e poder viver verdadeiramente e plenamente a nossa liberdade.

7. Dica de viagem mais valiosa que podem dar

Ir. Ir sem medos e preconceitos e com muita flexibilidade. Para além de permitir termos um álbum digital, queremos que o nosso Instagram sirva também para mostrar que não é preciso ser rico, maluco ou não ter emprego fixo para se conseguir viajar. Somos pessoas normais, com vidas e empregos normais. Com mais ou menos tempo, mais ou menos dinheiro, viajar é possível desde que se mantenha a mente e o espírito abertos e se tenha a vontade de conhecer locais, pessoas e gastronomias diferentes.

8. Lugar preferido em Portugal

Arouca, inevitavelmente. É a nossa terra e nunca nos cansaremos de a elogiar e promover. Nos últimos anos, Arouca viveu uma grande ascensão no panorama nacional, devido à aposta na criação de infraestruturas e promoção do turismo de natureza, que potenciam a beleza e a riqueza do território. O Arouca Geopark, classificado como Geoparque Mundial da UNESCO, engloba locais de interesse únicos desde a Serra da Freita, aos famosos Passadiços do Paiva e à maior ponte pedonal suspensa do Mundo, a inaugurar em breve. É possível fazer trilhos pedestres, mergulhar nos rios, provar uma gastronomia de renome ou praticar desportos de aventura – é esta multiplicidade de opções que nos encanta e que torna Arouca, na nossa opinião, um destino de eleição. O facto de vivermos no território das Montanhas Mágicas talvez seja um fator preponderante para a nossa paixão pelos destinos de natureza: essa procura incessante de nos sentirmos em casa, fora dela.

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