“Aumentar o número de turistas no país, para o máximo potencial sustentável, para o número estimado de 450.000 turistas por ano, aumentando assim as receitas internas”, é um dos objetivos definidos pelo VIII Governo timorense.

No documento, o executivo defende que o turismo “é um importante motor de desenvolvimento de atividades económicas, contribuindo também para a salvaguarda do património natural e cultural de Timor-Leste”.

“O Governo irá, de forma planeada e organizada, desenvolver uma estratégia para o turismo na região, sem pretender competir com o turismo massificado do Sudeste Asiático, mas podendo criar sinergias com outras localidades na região, tais como com as Flores, Molucas e Kupang, a fim de criar e desenvolver pacotes turísticos que atraiam visitantes da Indonésia, da Austrália e de outros países da Ásia e do Pacífico”, refere o programa do Governo.

Além disso, Timor-Leste pretende “apostar num turismo sustentado em laços históricos e culturais comuns, incluindo o denominador comum da língua portuguesa, promovendo iniciativas no âmbito dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Com uma beleza natural incomparável, uma história rica e um património cultural único, Timor-Leste tem todas as condições para desenvolver um setor turístico original, que envolva sobretudo o seu povo e crie empresas e oportunidades de emprego diversificadas”, acrescenta.

Uma das características únicas é o facto de ser “um dos raros países católicos da região, praticando rituais católicos que poderão servir como atrativo para turistas católicos”, aponta o documento, que menciona ainda a “história única e recente [do país], com vários locais simbólicos para visitar”.

O “grande potencial do turismo de montanha e de atividades desportivas e de aventura”, a “longa costa e praias bonitas e ricas em biodiversidade, com grande potencial para o desenvolvimento de desportos, aventura e atividades marítimas”, a “gastronomia única e em expansão”, a persistência de “comunidades ancestrais, ainda em contexto natural” e “um dos índices mais baixos de criminalidade do mundo” são outros fatores apontados para potenciar o turismo em Timor-Leste.

O Governo propõe diversas medidas, como o desenvolvimento de uma Política Nacional de Turismo; a criação da Marina de Díli; a reabilitação da orla marítima da capital; continuar a investir nas infraestruturas básicas (aeroportos, portos, estradas, telecomunicações) e turísticas (hotelaria, restauração, equipamentos culturais e recreativos); reformar as condições do Aeroporto Internacional de Díli; dignificar o Mercado do Tais [panos tradicionais], no centro de Díli, um dos principais pontos turísticos da cidade; construir e dinamizar parques de gestão de crocodilos, aumentando a segurança das praias e, ao mesmo tempo, preservando a espécie e promovendo a atração turística de um animal que é uma representação formal simbólica da identidade timorense, ou desenvolver o Centro de Formação em Turismo e Hotelaria.

Fonte: Lusa