Em novo ano atípico, marcado pelo contexto pandémico, o setor do turismo tem sido confrontado com grandes incertezas e regista-se um vaivém de cancelamentos e novas reservas, o que atesta da indecisão do turista no momento de planear a sua viagem e, por consequência, na oscilação do comportamento face ao momento da compra.
Os números começaram por ser mais modestos, mas na sequência de nova auscultação a poucos dias da passagem-de-ano, e apesar das medidas restritivas, muitos turistas acabaram por decidir assinalar a data.
Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, ressalva que “o desempenho está ainda longe do que a região espera e merece, mas assinalamos com agrado uma subida considerável nos principais indicadores comparativamente a 2020”.
O destino Porto e Norte tem registado um bom desempenho no corrente ano e espera atingir, ou até superar, a meta inicialmente estabelecida de fechar 2021 com pelo menos 50% dos índices atingidos em 2019, que tinha sido o melhor ano de sempre.
“No acumulado entre janeiro e outubro de 2021 já conseguimos atingir a marca dos 53,8% no número de hóspedes e 46,6% no número de dormidas registado em 2019” revela o presidente do Turismo do Porto e Norte, sublinhando ainda que “há números que nos conferem grande ânimo na recuperação do turismo, como o facto de sermos o destino nacional que lidera o ranking de hóspedes em 2021”.
No Douro, Minho e Trás-os-Montes, as taxas de ocupação para o réveillon são ainda mais animadoras, particularmente nas unidades de enoturismo e turismo em espaço rural, que deverão atingir valores médios entre os 80 e 90%. “É natural que as pessoas procurem refúgios e locais mais isolados que encontram, naturalmente, nos territórios de baixa densidade. Contudo, temos vindo a verificar uma expressiva recuperação da confiança dos turistas na oferta hoteleira das principais cidades do Porto e Norte, que possui excelentes protocolos sanitários.”, acrescenta Luís Pedro Martins.
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