"Estamos a trabalhar para que seja possível oferecer vacinas a quem nos visita", afirmou o ministro de Turismo, Juan Carlos García, durante uma conferência de imprensa.
Cuba, que durante a pandemia sofreu um duro golpe económico devido à ausência de visitantes e que espera receber 100.000 turistas nos últimos 45 dias de 2021, vai aproveitar o facto de contar com vacinas de produção própria.
Com o produto, "podemos ter um atributo que nos diferencia de outros destinos" turísticos do mundo, disse o ministro à AFP no final da conferência.
"Se não for possível até ao dia 15 [de novembro]", altura em que são abertas as fronteiras, o serviço de vacinas para turistas estará a funcionar até ao dia 20 de novembro, ou até ao dia um de dezembro, previu.
A oferta de vacinas, no entanto, não estará sujeita a pacotes turísticos e dependerá dos pedidos dos viajantes.
Tendo em conta que os turistas não vão ficar em Cuba durante um período longo para tomarem as três doses da vacina cubana contra a COVID, o país oferece, a quem tomar a primeira dose da Soberana 02, as outras duas para que o turista tome mais tarde.
Segundo a AFP, a vacina cubana deve ser administrada de 28 em 28 dias sendo que as duas primeiras devem ser a Soberana 02 e a terceira a Soberana Plus.
As vacinas cubanas contra o coronavírus: Soberana 02, Soberana Plus e Abdala, contam com autorização de utilização em caso de emergência da autoridade reguladora de medicamentos de Cuba. Além disso, o governo já solicitou à OMS a aprovação.
Com cerca de 11,2 milhões de habitantes, Cuba vai abrir as fronteiras após registar uma redução significativa de casos e de óbitos devido à COVID-19 nas últimas semanas.
Até ao dia 17 de outubro, 6.790.452 cubanos já tinham recebido o ciclo completo de vacinação, segundo dados do Ministério de Saúde, que prevê que 90% da população que pode ser vacinada esteja imunizada em novembro.
García também anunciou a eliminação dos testes PCR obrigatórios na chegada ao aeroporto, mas manterá uma testagem aleatória aos viajantes. Os turistas deverão ter consigo o passaporte de saúde ou um teste PCR negativo feito com até 72 horas de antecedência da chegada.
A indústria turística de Cuba, que é vital para a economia da ilha, colapsou desde que a pandemia da COVID-19 começou. No primeiro semestre do ano passado, o país recebeu apenas 21,8% dos turistas em comparação com o mesmo período de 2020 (1.239.099 visitantes).
Para 2022, o governo espera 2 milhões de turistas, um número que ainda está muito abaixo dos 4 milhões que visitavam todos os anos o país antes da pandemia.
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