Ilha de muitos encantos, Boracay, nas Filipinas, vai estar encerrada aos turistas até 26 de outubro deste ano. Depois de detetados focos de poluição na pequena ilha habituada a fervilhar de vida dia e noite, o Governo decidiu tomar esta medida extrema para que aquele pedaço de terra possa ser reabilitado e limpo.
Boracay é visitada anualmente por quase dois milhões de pessoas oriundas de todo o mundo, sendo um dos principais destinos turísticos de toda a Ásia. Demasiado para uma pequena ilha com apenas 7,2 quilómetros de comprimento. Em 2016, foi eleita a melhor ilha do mundo pelos leitores da prestigiada revista internacional Condé Nast Traveler, reconhecimento que se voltou a repetir no início deste ano.
Praias de areia branca e um mar azul turquesa hipnotizante com águas tépidas e tranquilas, animação diurna e noturna e um pôr do sol, que é certamente um dos mais bonitos do mundo. Estes são apenas alguns dos argumentos que têm conquistado os turistas.
O problema é o excesso. No mar, há barcos a toda a hora e em quase todos os locais. Em terra, a estrada que permite percorrer a ilha está inundada de motorizadas e triciclos. Um percurso de dez minutos transforma-se numa ruidosa aventura de quase uma hora. Muitos estabelecimentos lançam os esgotos diretamente para o mar.
Durante estes seis meses em que vigora a interdição, o Governo prevê demolir prédios ilegais, construir uma nova estrada para reduzir o trânsito no centro da ilha e converter mototáxis em carros elétricos, além de instalar um sistema de transformação de lixo em energia elétrica. Foi também prometido um fundo para ajudar os cerca de 30 mil habitantes de Boracay.
Visitei a ilha em março do ano passado e, apesar da confusão de gente na praia e do reboliço de barcos que acabam por tornar a paisagem menos charmosa, há ali uma energia que se inspira e toma conta de nós. E ainda há silêncio, há mar, areia branca e palmeiras para nos sentirmos especiais por vivenciarmos tamanha experiência.
Estas são algumas imagens de quatro dias em Boracay:
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