O governo japonês decidiu oferecer (sim, oferecer, isso mesmo) várias casas abandonadas, localizadas nas zonas rurais do país. A única condição: terá de habitar e manter a casa durante um mínimo de 20 anos.
A carteira de imóveis gratuitos é composta por várias habitações que se encontram abandonadas há anos. O abandono está muitas vezes relacionado com o difícil acesso que muitas apresentam, a localização afastada das principais vias ou com o facto dos seus proprietários terem morrido no seu interior, algo que é visto na cultura japonesa como critério quase proibitivo para aquisição de uma casa.
Segundo um comunicado emitido pelo governo japonês, são mais de 8 milhões de casas que se encontram nesta situação de abandono. E não estão todas localizadas em zonas rurais, existem algumas localizadas em zonas urbanas como Tóquio, por exemplo, onde mais de uma em cada dez casas se encontra vazia, uma proporção mais elevada do que a registada em cidades como Nova Iorque, Londres ou Paris. Com o crescente envelhecimento da população japonesa (mais de uma em cada quatro pessoas no Japão têm mais de 65 anos), esta proporção tem tendência a aumentar.
Estas casas abandonadas, chamadas “akiva”, estão listadas em portais como o inakanoseikatsu.com ou o wakuwaku-keigo.com. Os critérios para candidatura passam pela obrigatoriedade de residir na casa, de forma permanente, por um período mínimo de cerca de 20 anos e de suportar todos os custos associados à sua manutenção e habitação. No final deste período, a titularidade da casa e do terreno é passada para o inquilino.
Existem ainda websites privados como o ieichiba.com, onde proprietários particulares estão dispostos a oferecer as suas propriedades ou vendê-las a um preço muito baixo.
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